NÃO AO PRIMITIVISMO!
O instinto de sobrevivência, os
medos e um grande tédio assolam o homem em sua passagem pela terra. Um ser
racional, que tem necessidades especiais, e conta com sua mente para adquirir conhecimento
e criar meios de se aplacar e alegrar. Os antepassados adoravam o divino céu que
os cobria, com o esplendor do sol a iluminar o dia e a linda lua para iluminar
a escuridão da noite. Diante do estrondo
dos trovões, procuravam aplacar a ira divina com o que estava a seu alcance. A
princípio, na simplicidade dos mitos e ritmos, com deuses, danças, bebidas,
cantos, instrumentos rústicos de som, e por aí vai.
Dia
após dia avança o homem em conhecimento e espiritualidade, até o ponto final,
que nunca foi dado, nem o será. Razão e fé em encontros e desencontros. Tão
diferentes as finalidades da Ciência e da Religião, mas tão próximas. Ambas
tendo em vista a satisfação do ser, chamado humano, cujo corpo nutre-se da terra,
mas tem uma alma que busca o alto, ou o reencontro com o Criador. Antes teve a
torre de Babel, o conhecimento mágico, até que se aportou à filosofia, à teologia
cristã, às leis civis, por fim, a ciência e a tecnologia, que tanto nos afetam
e confortam. E tem a santa Igreja Católica, fomentadora da civilização
ocidental.
No
Vaticano o papa realiza neste mês de outubro de 2019 o Sínodo da Amazônia, as intenções as melhores possíveis, mas as
coisas parecem sair do controle. Fala-se de uma ecologia integral para alentar
a vida pastoral e se possa estender o olhar alargado à natureza bem como aos
pobres e às relações sociais. Mas que esse alargar não venha desvirtuar a
doutrina católica, que visa, em especial, sua missão evangelizadora. Levar a luz
do conhecimento e da fé aos povos da floresta, nossos irmãos, que vivem em
situação precária, quer material, quer espiritual, sem que o progresso tenha chegado
até essas pessoas.
Em
2017, bispos católicos da Espanha juntaram-se aos protestantes e ortodoxos para
lançar a etiqueta igreja verde, com o
intuito de encorajarem a conversão
ecológica de paróquias e comunidades afastadas, por uma vida mais simples,
em respeito ao ambiente. Agir de forma correta, em nome da responsabilidade
ecológica que se deve ter nos novos tempos. Isso não quer dizer que na Amazônia
se deva adotar os símbolos das crenças primitivas, que de certo modo ferem a
doutrina cristã, e em nada acrescentam à fé católica. A inca Pachamama não tem nada a ver com a Virgem
Maria, a nova Eva, venerada pelos católicos, apostólicos, romanos. Ponto final.
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