sábado, 15 de outubro de 2022

 



 

 

        AINDA HÁ SALVAÇÃO

S. LUÍS - MA

 

 

             Ortega y Gasset,  um dos mais conceituados filósofos do século XX, fala da salvação nos seguintes termos: ” Eu sou eu e as circunstâncias; se não salvo as circunstâncias, não salvo a mim mesmo.” Palavras que nos faz refletir sobre a humanidade, que se realiza num longo processo de salvação. Temos, continuamente, que nos salvar, o que significa, em princípio, nos livrar da ignorância e da descrença, pois salvação significa, educação e fé. Há sempre esperança de salvação para o homem. Não faltam meios para conduzir o homem até sua salvação, para tanto colaboram a genética, a família, o ambiente, a cultura, mas que pode falhar, quando então o esforço tem que ser maior. E a salvação individual de algum modo resulta na salvação de todos.

             “A alma que se eleva, eleva o mundo”, lema católico de santa sabedoria, que as irmãs do colégio Santa Teresa costumavam falar para as alunas, estimulando-as a se salvarem. Que almejassem a santidade, em vez da perdição. Eram firmes nos seus propósitos educacionais. Santas mulheres, guardo delas boas excelentes recordações, apenas um acidente de percurso narrado em texto anterior. Hoje os educadores são as redes sociais, onde se exibe um saber equivocado, e todos correm perigo com isso. Um modo perigoso de comunicação dos jovens que seguem como carneirinhos os lemas ditados irresponsavelmente para eles, como se fossem máximas de sabedoria. Se não houver discernimento, em vez da salvação as pessoas perigam se perder de vez.

              Há urgência em nos salvarmos como seres humanos, assim como devemos salvar a natureza da destruição. A salvação dos planeta é a grande preocupação na atualidade. Salvar a terra, a família, a escola, a sociedade,  em suma, tudo que periga desaparecer, sufocado pela poluição, não apenas do ar, mas de muita coisa ruim. Forma destrutiva de proceder devem ser corrigidas com urgência, a começar pela firmeza dos pais na educação dos filhos. Quanto ao Estado, seu dever é a promoção do bem estar de todos, principalmente, punir os infratores que prejudicam a sociedade com sua incompetência e corrupção.

           No passado os pais surravam os filhos o que, hoje em dia, constitui crime, mas teve gente que aprendeu por esse meio. Dar tapa na cara era meio de educar.  A linguagem da bofetada, Deus nos livre! Tempo em que não se pensava na salvação pelo diálogo; era a mão na cara, e temos conversado. Maria tinha testemunhado mas dava graças a Deus ter escapado dessa crueldade, mas ninguém se queixava. Hoje continua a falta diálogo entre pais e filhos, entre adultos e jovens. Na Internet são corriqueiras as conversas que correm soltas, a moçada livre para trocar experiências, nem sempre boas de compartilhar. Adultos e crianças com celular na mão, uma verdadeira perdição. Poderoso meio de comunicação utilizados sem critério.

           Há protestos, e tem os dos peitos e bundas de fora, para assustar, e os piores ataques à fé católica. São as feministas reivindicando direito sobre o próprio corpo, direito ao aborto, o que é um contrassenso tratando-se da vida de um ser humano em gestação, e tantos são os meios de evitar a gravidez. O maior respeito que se deve ter pela vida, que inclui o planeta, irresponsavelmente devastado por nós, seres racionais, mas que agem como irracionais, ou pior. E o almejado é que as pessoas sejam mais responsáveis, ajam efetivamente para o bem comum no cotidiano dentro da sua casa, da sua comunidade, da sua empresa. Em todas as realizações pensar em preservar a vida, em especial a vida humana, que se degrada junto com a natureza.

        O momento é de clamar, sim, por sustentabilidade, principalmente moral e ética.


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