GOSTAR DE QUEM GOSTA DA GENTE
A vida é surpreendente, dá ao homem
alegrias e prazeres, assim como o faz sofrer inevitáveis dores. Nada é
desproporcional se vem de Deus. Racionais, e excepcionalmente emocionais, somos afetados por situações que nos são favoráveis, ou adversas. Conquistas,
sucesso, presenças, também perdas, fracassos, ausências, e tudo o mais que se transforma em experiências que valem a pena vivenciar. Bom estar atento para remediar de
imediato o mal que resulte em tristeza profunda e nos faça adoecer.
A condição humana requer aguçado instinto de
sobrevivência, hoje como se ainda estivéssemos nas cavernas. Perigos não faltam.
Em alguns momentos sentimos que estamos sós, e temos de decidir sobre a própria
vida. Importa não deixar que os outros pensem por nós, e tem sempre quem queira
agir dessa forma. Certo que precisamos uns dos outros. Em princípio, gostar de
quem gosta da gente. Mas nunca aceitar a dependência mental e afetiva, não é
boa coisa.
Da submissão às obrigações, simplesmente
isso, costume antigo, evoluímos para a ambição pessoal e social, nada fácil de
realizar, nesse nosso mundo atual tão largado. No passado a severidade era a
regra, o que beirava a crueldade. “Dar conta do recado”, nem mais, nem menos, e
o “recado” era fazer o mínimo, por exemplo, estudar para passar de ano, e não
ter uma ambição pessoal. Não esperar panos quentes para aliviar as dores da
culpa, mas educar com rigor para acertar na vida. Havia uma obsessão por
disciplinar.
Mudou
tudo, e temos muito hoje, inclusive, uma multidão de internautas a seduzirem uns aos outros na
internet. Recebemos e passamos mensagens nas redes sociais, sem que necessariamente
reflitam sentimento real, até mal intencionadas postagens. E de boas intenções
o inferno está cheio. Todos a se espreitarem nesse poderoso espaço virtual,
panaceia do nosso mundo atual. Melhor seria o retorno ao rigor e à solidão do
passado?
Mesmo com todos os males existentes a
inclinação do homem é para o bem, no desenvolvimento da consciência através das boas referências familiares e
culturais. Adotar a reflexão para agir com discernimento. A noção que a pessoa
deve ter de si mesmo, e deliberar por uma vida ética. Saber da maldade, do julgamento que reduz as pessoas a “gente boa”
ou quem “não vale nada”. E não vale nada quem “se acha”, e acaba por gerar antipatia. Melhor a humildade, o que também se aprende.
A pergunta que não quer calar: Para que serve a oferta dos bens, senão para fazermos o melhor? A vergonha de Maria ao ter a nota rebaixada, depois de receber um “ótimo” no primeiro teste escolar, aos sete anos. Chega eufórica a sua casa, para no dia seguinte na escola ser repreendida pela freirinha, tão miudinha, sua professora. Ficou pasma, o que guarda do episódio, e a lembrança daquele olhar de reprovação da colega, pobre menina rica. Quando a hierarquia do dinheiro era a mais respeitada. E ainda é.
SIGAMOS AS REGRAS DA PAZ.
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