quinta-feira, 13 de outubro de 2022

 



                   GOSTAR DE QUEM GOSTA DA GENTE 


      

S. LUIS - MA

 

        

             A vida é surpreendente, dá ao homem alegrias e prazeres, assim como o faz sofrer inevitáveis dores. Nada é desproporcional se vem de Deus. Racionais, e excepcionalmente emocionais, somos afetados por situações que nos são favoráveis, ou adversas. Conquistas, sucesso, presenças, também perdas, fracassos, ausências, e tudo o mais que se transforma em experiências que valem a pena vivenciar. Bom estar atento para remediar de imediato o mal que resulte em tristeza profunda e nos faça adoecer.

A condição humana requer aguçado instinto de sobrevivência, hoje como se ainda estivéssemos nas cavernas. Perigos não faltam. Em alguns momentos sentimos que estamos sós, e temos de decidir sobre a própria vida. Importa não deixar que os outros pensem por nós, e tem sempre quem queira agir dessa forma. Certo que precisamos uns dos outros. Em princípio, gostar de quem gosta da gente. Mas nunca aceitar a dependência mental e afetiva, não é boa coisa.

Da submissão às obrigações, simplesmente isso, costume antigo, evoluímos para a ambição pessoal e social, nada fácil de realizar, nesse nosso mundo atual tão largado. No passado a severidade era a regra, o que beirava a crueldade. “Dar conta do recado”, nem mais, nem menos, e o “recado” era fazer o mínimo, por exemplo, estudar para passar de ano, e não ter uma ambição pessoal. Não esperar panos quentes para aliviar as dores da culpa, mas educar com rigor para acertar na vida. Havia uma obsessão por disciplinar.

 Mudou tudo, e temos muito hoje, inclusive, uma multidão de internautas a seduzirem uns aos outros na internet. Recebemos e passamos mensagens nas redes sociais, sem que necessariamente reflitam sentimento real, até mal intencionadas postagens. E de boas intenções o inferno está cheio. Todos a se espreitarem nesse poderoso espaço virtual, panaceia do nosso mundo atual. Melhor seria o retorno ao rigor e à solidão do passado?

   Mesmo com todos os males existentes a inclinação do homem é para o bem, no desenvolvimento da consciência  através das boas referências familiares e culturais. Adotar a reflexão para agir com discernimento. A noção que a pessoa deve ter de si mesmo, e deliberar por uma vida ética. Saber da maldade, do  julgamento que reduz as pessoas a “gente boa” ou quem “não vale nada”. E não vale nada quem “se acha”, e acaba por gerar antipatia. Melhor a humildade, o que também se aprende. Não é questão de gostar de todo mundo, e, em contrapartida, querer que todo mundo goste da gente 

A pergunta que não quer calar: Para que serve a oferta dos bens, senão para fazermos o melhor?   A vergonha de Maria ao ter a nota rebaixada, depois de receber um “ótimo” no primeiro teste escolar, aos sete anos. Chega eufórica a sua casa, para no dia seguinte na escola ser repreendida pela freirinha, tão miudinha, sua professora. Ficou pasma, o que guarda do episódio, e a lembrança  daquele olhar de reprovação da colega, pobre menina rica. Quando a hierarquia do dinheiro era a mais respeitada. E ainda é. 

SIGAMOS AS REGRAS DA PAZ.

 

 

 


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