DAS
ARTES E OFÍCIOS
VERMEER - RUA DE DELFT |
Às vezes a gente se questiona
sobre o longo e difícil caminho percorrido, quando havia a opção de seguir pelo
mais curto e fácil, que se abria à frente. Deus não quer punir, mas dá penitência a ser cumprida.
Sem esquecer que aqui, neste mundo, somos artífices da nossa vida, labor
difícil, que requer se esteja preparado para a função. O grande Artífice, o
Mestre, fornece as ferramentas necessárias para
cumprirmos o ofício, ou a arte de viver com louvor. Em princípio, reconhecer a
importância de estar vivo. No fim das contas sermos gratos pelas alegrias e
frustrações, pelas presenças e ausências. Sem deixarmos de perdoar a nós mesmos
e aos outros pelas falhas. Quantas vezes perdemos a oportunidade de fazer aquela
boa ação, ou o tanto que deixamos de recorrer ao nosso melhor. Certo que a vida
requer resistência ao mal e reciprocidade quanto ao bem.
Maria observa os operários na reforma de seu
apartamento, um trabalho para ser valorizado. Mentes animadas por
hábeis mãos, do pintor ao ladrilheiro, especialmente treinados, que se tornaram
capazes de fazer o que fazem. Especialistas em suas funções, aonde chegaram por
conta das circunstâncias, que os colocaram nessa posição transformadora.
Tornaram-se hábeis artífices, com que ganham o próprio sustento e da família. A
coisa mais digna a se fazer, trabalhar. E tem o pintor de quadros, um grande artífice, Jean de Vermeer que no seu quadro Rua de Delft, mostra duas mulheres em seu labor diário à época. O escritor com seus instrumentos de trabalho, desde o lapis e papel, depois a máquina de escrever, e agora no computador. Louvável todas as profissões, ou ofícios. Sendo o mais importante ofício o de viver, que requerer a maior habilidade..
Até
que tenhamos domínio da nossa vida, temos que praticar o ofício de viver, no
que entra o talento pessoal, que nasce com a pessoa, e a formação, numa
interseção das duas. É fundamental a iniciativa de cada um, e haja liberdade
para agir, com responsabilidade. Nos dias atuais, de disparidade social em
grande escala, o apelo é pelos opostos: direita ou esquerda; passividade ou
engajamento. E pouco se atenta para o equilíbrio, tendo em vista realizar um
trabalho isento dos males que provocam os extremos, até mesmo a perda da
identidade, a fuga de si mesmo. O altruísmo
não estaria programado no genes
humano, como está o egoísmo. E como seres em formação, é essencial que as iniciativas sucedam também para nossa formação
emocional.
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