quarta-feira, 31 de janeiro de 2024
segunda-feira, 29 de janeiro de 2024
MORAL, RESPEITO E ORAÇÃO.
S. LUÍS - MA - ANO 1938 |
Música caipira é viral no Facebook, e tem uma do Teixerinha do Lins que surge a cada busca pelo gênero. Merece reflexão. Na letra dessa música um rapaz fala da sua volta ao interior para casar com a moça que ele havia deixado quando foi se aventurar na cidade grande. Inicia dando adeus aos amigos: “Adeus amigos, companheiros de serestas...” Fala que a amada é a “primavera” de sua vida, e por aí vai. Até que enfeixa suas juras de amor dizendo o que espera que se cumpra no casamento: “Quero moral, quero respeito e oração”.
Três coisas que teriam perdido a validade nos tempos modernos: moral, respeito e oração. A mulher abandonada à própria sorte, cujo resgate vai estar a cargo desse caipira que um dia a abandonou por uma outra vida de prazeres e ilusões. Ou se trata de um retorno ao passado machista? Tempo em que a mulher era submissa, sujeita a muitos preconceitos? Por fim o cantor declara: “Eu só quero é ser feliz.” Disse e repetiu. Afinal, se o amor é tudo, e ele tem amor para dar para ela...
sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
SER FELIZ
Com o olhar amplo que tem agora. Maria revê o passado, que foi esquecendo aos
pouquinhos. Dos bons momentos lembra com carinho, dos ruins sem mágoa,
ou rancor. Na juventude deixou passar uma boa oportunidade, e pensa se sua vida teria dado tão
certo, como deu, caso contrário. A resposta é que se tenha uma meta e as mudanças
não nos intimidem, e venham a calar. Tenham todos boas chances pelo caminho e as aproveite, se for o caso. Maria só lastima não ter começado a trabalhar bem antes, quando mais precisava, enquanto o casamento aconteceu em momento certo. Sem se lamentar, nem vangloriar, preocupada na medida certa com o que vinha pela frente. Seguiu sua vida com determinação.
Por longe que tenham chegado as coisas, e com tão grande intensidade e rapidez, não foram capazes de abalar as convicções de quem as tem e lhe fazem o maior bem . Diante da ideia corrente que tudo seria possível, toda
novidade plausível, em muitos casos o que imperava era a curiosidade, o
desejo de tudo experimentar. Era normal achar que a conquista da liberdade
irrestrita resolveria todas as questões, principalmente para as mulheres. O mundo não mais distante delas, e a vida menos difícil de viver. A linguagem mais solta, as vozes libertas. Só não valia a pena perder a paz e a harmonia, perder sua alma.
Eis
que naquele janeiro de 2003 o país acompanhou na TV a posse do candidato do PT
eleito pela primeira vez como presidente da República, permanecendo no cargo até
2011. O país tinha estado por 20 anos sob o governo dos militares, e havia um
sentimento generalizado de rancor, pelos anos sem o direito ao voto. Com a
abertura, dois presidentes civis haviam ocupado o Planalto Central, embora ainda
não eleitos democraticamente. O certo para Maria é que, após o regime militar, os
brasileiros se reconciliassem com a sua história, e podiam seguir em frente
sem medo de ser feliz. O que vem acontecendo, no presente momento com o retorno de Lula pela terceira vez ao poder. O extremismo tupiniquim de direita e esquerda não
tem nada a ver com nossa história. É não dixar que desequilibrem a política,
consequentemente o país afunde. E se consolide de verdade a democracia no Brasil.
quinta-feira, 25 de janeiro de 2024
quarta-feira, 24 de janeiro de 2024
segunda-feira, 22 de janeiro de 2024
ONTEM E HOJE
LENÇÓIS MARANHENSES |
Como vivem
hoje as mulheres? Pergunta que Maria fez para si mesma depois que uma jovem demostrou
curiosidade sobre a vida das idosas, quando eram elas também jovens. A filha de
Dedê Dias pensa sobre a situação atual das mulheres, que trabalham para se
manter, e não mais tuteladas pelos pais, ou parentes, cargo transferido aos maridos ao se casavam. Casar e procriar na década de 50 fazia sentido
para as mulheres. As moças sendo educadas para o casamento e a maternidade,
vocação que algumas tinham, casando e engravidando com gosto. Outras a
contragosto viam-se na condição de mamães, sem os contraceptivos, os partos
acontecendo um após o outro, e em alguns casos estupradas pelo parceiro. Era da maior importância que elas conquistassem
a independência, e pudessem fazer suas escolhas, inclusive sobre os filhos, se
os queria ter ou não, lógico que em concordância com o parceiro. E sem um
homem, mesmo assim, ter filhos solos. Foi o que as mulheres conquistaram a
duras penas.
O instinto
sexual tão forte na juventude, quando então se dá o encontro do espermatozoide
com o óvulo, o que acaba por acelerar a saga dos indivíduos, e fazer o mundo avançar.
Dar credibilidade a união matrimonial do jovem casal, que não questionava se queria ter filhos, ou não, por esse ou aquele motivo. Da noite para o dia
ele tinha virado adulto, com um emprego regular, que era motivo de
orgulho, e o fez querer avançar no
tempo, ter a própria família. Apaixonar-se com visível determinação era
característica da época, e com espantosa rapidez ele resolveu casar e com a eleita
formar seu hermético círculo familiar. Logo com ela, que não tinha como meta
casar e procriar, seus planos eram outros, inclusive, nas artes cênicas. Mas se
dispôs a aceitar o desafio, afinal ele era o cara, que a escolhera entre tantas
outras. Deixou para trás seu projeto de vida para cumprir o romântico preceito
de “padecer no paraíso” pela vida afora. E assim aconteceu, o que levou aquela
mãe a olhar com certo desencanto para a filha recém-nascida em seus braços, a
primogênita. Sente pena, não só do serzinho que acabara dar a luz, também de si própria, como mãe. A paternidade fazendo sentido para aquele romântico
rapaz. Época do baby boom e do espantoso crescimento populacional.
Experimentar o
trabalho solitário de cuidar dos filhos pequenos, que logo entrariam para a
escola, em vez da outra solidão que ela tanto amava e a vida de casada acabou
por eclipsar. Em determinada hora do dia, a jovem mulher senta-se no banco
da praça, vigiando as crianças no
parquinho da igreja perto de casa. Parecia tão distante do mundo adulto, já
frequentado por algumas outras mulheres avançadas no tempo. Ela conformada da
situação, em vez de aborrecida, mas que se via “embrutecida”. Livrar-se daquele
estado só iria acontecer anos depois, as voltas que a vida dá, e há tempo para
tudo, inclusive conviver mais com os
filhos pequenos. E o maior prazer de receber os pais em casa e mostrar que
estava bem instalada, que tinham vida melhor que outros casais.
Pairava ainda
a discussão se a mulher devia trabalhar fora ou ficar em casa, o que seria mais rentável para a família. A inteligência e integridade da mulher não
estavam em pauta. Parecia um desvairo feminino sair daquela situação cômoda
para enfrentar um mundo masculino dos escritórios e repartições públicas. A
ladainha dos mais velhos era que as mulheres se realizassem no trabalho feito em
casa, que lhes proporcionava bom ganho financeiro. Lógico que era válido esse
trabalho, como também o trabalho fora de casa, e a mulher pudesse realizar sua
vocação, dar vazão à competência intelectual que possuía. Maria não se furtou a
cumprir esse destino, como o anterior.
Como em
qualquer parte do mundo globalizado, hoje no Brasil quase não se vê mulheres cuidando
exclusivamente da casa, pois elas entraram para valer na competição por um
trabalho que lhe dê retorno financeiro, o que mais pesa na escolha. E estudam
sem parar para melhorar sua posição. Mesmo que ainda possa haver dúvida se é o
melhor para a família, se os filhos são deixados a cargo das trabalhadoras
domésticas, com pouca instrução, mas que devem estar munidas do essencial, que
é a responsabilidade pelo ofício de cuidar das crianças, como babás, também cuidadoras
de idosos. A ascensão social que acontece pelo estudo e trabalho, não tem como
ser diferente no nosso país, como em qualquer outro lugar do mundo.
Ser esposa e
mãe não deixa de ser um ofício, e o mais importante de todos os ofícios. Numa
oficina há que seguir as instruções, que se aprende e ensina, e não acontece
por osmose. Ter em mãos as ferramentas adequadas, o que para a mulher no ofício
de mãe é o coração para amar e a vocação para educar. Há segredo no ofício
de escritor, por exemplo, também na fabricação de um objeto raro. Descobrir o
segredo da formação de um lar abençoado. As questões do ofício tratadas por quem
tem convicção. Acreditar nas verdades religiosas, e nas lições que a vida dá, e
não seguir regras provisórias e instáveis. Saber dos limites humanos. Estar o marido
e a mulher na casa, no lar, que é o lugar adequado para encontrar-se com a
família, e não longe, nos bares da vida. Sem querer tomar os ofícios como um
fim em si mesmo, quando nada mais importa. Na igreja ir ao encontro de Deus.
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quarta-feira, 17 de janeiro de 2024
terça-feira, 16 de janeiro de 2024
domingo, 14 de janeiro de 2024
quinta-feira, 11 de janeiro de 2024
NAQUELE DOMINGO
S. LUÍS - MA
Boa a situação do casal às vésperas do terceiro filho, moradores de uma casa recém-construída, que desejavam ampliar. Início de noite, a mesa já vazia após o jantar, os dois estavam com a atenção voltada para a TV à espera do programa semanal de variedades que ninguém é de ferro, basta de notícias ruins. Maria estava preocupada com a revolução militar que o dia todo o rádio não parava de noticiar. Os acontecimentos políticos simples detalhe na vida das pessoas, mas com sérias consequências. As crianças no quarto dormiam o sono abençoado dos inocentes. Ela pensou no molho do macarrão que dera trabalho, mas não saíra como ela queria. De repente fica assustada de estar ali naquele lugar provisório, e fala ao marido na possibilidade de voltarem para a cidade natal. Naquele domingo, dia da cervejinha, que ele acabara de tomar, concordou com a mulher, sem imaginar o que viria pela frente. Quantas mudanças iam ocorrer em suas vidas!
sábado, 6 de janeiro de 2024
quinta-feira, 4 de janeiro de 2024
quarta-feira, 3 de janeiro de 2024
terça-feira, 2 de janeiro de 2024