A DOR
Ruínas de S. Luís - Ma |
Pode
ser inato o dom pessoal de curar as próprias
feridas da alma, sanar as dores da vida, à medida que elas surgem, às vezes do
nada. Essa madrinha era a conformação em pessoa, nunca se queixando de nada,
quando sua vida merecia que ela chorasse um mar de lágrimas, no meu atual entendimento,
por ter mãe negra e pai branco, parente nosso, mas que nunca casou. Mãe e filha, ou seja,
tia Nazária e madrinha Mariana, super respeitadas e consideradas membros da
família, lógico. Mariana sem ligar para o preconceito, que houvesse, nem eu via motivo para isso. Só me parece que ela tinha uma “pobre” vida, o que nunca questionou, nem mesmo
se o mundo virasse de cabeça para baixo. O que ela não queria era ver uma
criança sofrer, principalmente, a afilhada. Mas avisava que a vida não era “um
mar de rosas”.
Sempre
há uma causa para o sofrimento, e não devemos deixar que um fato doloroso nos afete além da conta. Tudo passa, e a dor não é
exceção à regra. Sem que ignoremos a dor, mas também não exagerar no
sofrimento, ao pensar que não há dor maior que a nossa. E nunca comparar a dor de um com a do outro. Cada pessoa sofre diferente, menos ou mais, não importa a causa.
E tem gente que é a “sofrência” em pessoa, não sendo atoa que as músicas de Marília
Mendonça façam tanto sucesso entre os jovens, os que mais sofrem. Até o “couro
ficar grosso”, como também me dizia essa preciosa madrinha.
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