ALEGRIA, ALEGRIA!
O dia de Reis encerra
os festejos do Natal, e já no dia seguinte a rede Globo começa a anunciar a
festa de momo com a vinheta da globeleza. Sempre uma mulher de corpo
escultural, nu e artisticamente pintado. O Big Brother vem junto, com mais de
dez pessoas confinadas numa casa, fazendo suas
maluquices, se expondo, o que a televisão filma durante três meses, atrás de espelhos. Espelho,
espelho meu, há alguém pior do que eu? O que se perguntam os concorrentes a um
milhão e meio de reais, o prêmio do ganhador. É tempo de férias, e sem ter algo
melhor a fazer, ao que parece, como ler livros, fazer cursos, ao contrário,
fica-se dia e noite diante da telinha, o que
é a felicidade para muita gente,
que dá palpite, vota. Aliás, em termos de felicidade, o Brasil está em 25º
lugar dentre 400 países pesquisados. Em primeiro lugar ficou a Dinamarca.
Não precisava
nem perguntar a nenhum dinamarquês qual o segredo da felicidade, o que Fátima
Bernardes fez a um descendente direto daquele povo que se diz feliz. A resposta
é que todo mundo já sabia, o país prima pela igualdade, mas no sentido
evolutivo, onde todos gozam da melhor educação, têm o melhor sistema de
saúde, há emprego para todos que queiram
trabalhar, e ninguém se arvora de ficar sem fazer nada, embora fiquem parte do
ano debaixo da neve. Estaria aí o segredo, em vez do sol a neve? O certo é que
somos considerados um povo dos mais felizes, do mundo - no calor, não no
frio. Calorosos brasileiros, mas não tão
felizes quanto o povo da Dinamarca. Por aqui falta de tudo, menos alegria de
viver.
No carnaval
que se aproxima o Rio de Janeiro torna-se capital mundial da alegria, do
prazer, pronto para receber os turistas de braços abertos; não só os membros
superiores, os inferiores também. O apelo ao sexo dos cartazes de mulheres
turbinadas, o que já foi pior, mas, “cria a fama e deita-te na cama”. Infelizmente
é assim, o orgulho brasileiro ainda é ser o país do carnaval e do futebol.
Vamos sediar a Copa e as Olimpíadas, a atenção das autoridades voltada para
esses eventos, tratando de resolver problemas nas cidades, de transporte e bem
estar. Que o conceito do Brasil lá fora cresça na proporção do dinheiro e
empenho despendido. Temos uma das mais belas paisagens do mundo, onde os
descendentes de emigrantes vivem como em seu próprio país, respeitada a
diversidade racial e cultural. Findo os eventos que os turistas venham admirar
nossa arquitetura e urbanismo, nosso desenvolvimento, educação e cultura. A
hora é essa!
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