REBELDES COMPULSIVOS
Nora, personagem do escritor norueguês Ibsen, saiu de casa para que
pudesse crescer. No tempo atual, a mulher se pondo no olho da rua, dessa feita
levando toda a família. (Não demorariam retornar ao lar, apavorados com a
violência, fruto da decadência da civilização que se tornara palco de exibições
as mais estapafúrdias, de decadência dos costumes, de violência). A vida
contemporânea acossada de todos os lados. Se não estão fora de casa, as pessoas
entregues compulsivamente aos aparelhos eletrônicos. Os contatos afetivos
feitos pela tela, inclusive do celular, outra modernidade que teria vindo para
unir as pessoas, ou separá-las de vez. Mas a maior reviravolta nos lares foi a
das crianças adquirirem poder para obrigar os pais a lhes fazerem todas as
vontades, e ainda os deixarem com a consciência pesada. Chegou-se ao extremo de
achar que os filhos serviam de exemplo aos pais, e não o contrário. Alguns,
inclusive, testando a paciência dos superiores, que perdiam a autoridade, ou
por se tornarem demais autoritários. Até que, no ambiente permissivo e confuso da
pós-modernidade, o cinema mostra as possessões de uma menina (Linda Blair) no
filme
O Exorcista. Logo a seguir veio
Mafalda (Mara Wilson), uma
bruxinha que seria do bem pelos poderes sobrenaturais, com os quais passa a
infernizar os mais velhos, seus pais trambiqueiros e irresponsáveis... Atualmente
as ditas rebeldes levantam bandeira dos gays e demais minorias, pessoas que têm
seus direitos, sim, principalmente, de não serem expostas como acontece nas
redes de relacionamento. Parece que querem mais é constranger, ao expor uma
realidade que merece respeito e menos exibição. Uma defesa escandalosa que nem
todos os envolvidos gostam de ter, assim como rejeitam o escracho que é a
Parada Gay.
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