NOSSO
BRASIL
Dia
Internacional da Mulher
Estudante de direito da UFRJ recebeu prêmio
da UNESCO com o texto “Pátria Madrasta Vil”. O tema proposto era “Como vencer a
pobreza e a desigualdade”. Em vez de mãe
gentil madrasta vil? E Brasil sinônimo de vil? Vil contraditório! Para Clarice
Silva, mãe verdadeira seria a que nos cobre de mimos, sem exigir nada em troca? Na verdade, abençoada terra, que abriga
pessoas aqui chegadas em épocas distintas; primeiro os índios, depois os
brancos, por fim os negros, que acabaram por formar uma mistura de raças,
amálgama de culturas. E foram felizes para sempre. Mas não é bem assim. E por que?
Antes dos portugueses, os antigos
habitantes organizados em tribos, não conheciam a civilização, mas tinham seu
modo de viver e ser feliz, possuidores de primitivas crenças. Com a pele
acobreada e os olhos puxados, foram intitulados índios pelos brancos, que aqui
chegaram em 1500. Lutas ferozes ocorreram pela primazia sobre as terras. Os
índios nunca se deixaram escravizar. Já os negros que vieram para cá como
escravo, depois de algum tempo foram libertos. Justiça humana e divina que pode
tardar, mas chega. A importância que teve o negro e o índio para a nossa cultura,
o nosso progresso, para nossa identidade, em suma.
Os índios que ficaram isoladas obtiveram
por lei direito às terras em que habitam. Quanto aos demais temos informação
deles ao nos olhar no espelho. Aconteceu
com a humanidade há milhares de anos: raças se misturaram; culturas são
assimiladas. Hoje vive no Brasil quase
duzentos milhões de pessoas, a maioria sem que se possa distinguir se é branco,
negro, ou índio. Uma população bem
engendrada e feliz numa pátria amada? Não é o que dizem, nem o que querem? Como
assim?
Nem mãe gentil, nem madrasta vil. Mas
pátria de um povo varonil, desejoso de liberdade e fraternidade. Principalmente,
responsabilidade dos brasileiros com seu país: homens e mulheres, pobres e
ricos, feios e bonitos, baixos e altos, que eu não vou falar de raça, nem de
religião, ou do que mais exista para separar as pessoas. Que haja empenho de
todos os brasileiro para com o Brasil. A nação brasileira que precisa, antes de
tudo, amadurecer, mudar seu povo de mentalidade para deixar “o venha a nós, e ao
vosso reino nada”. Os políticos comecem
a prestar contas aos eleitores, se convertam aos bons costumes de trabalhar em
prol do bem comum, e não roubar. De cima é que vem o exemplo e não há um pior
do que a querer se dar bem a qualquer custo. Tanto os ditos esquerdistas, quanto
os direitistas.
Homens e mulheres compromissados com o
Brasil, para vê-lo crescer de verdade e nele se sintam felizes e confortáveis por
fazer parte desse país rico e maravilhoso. O exemplo vem justamente de Portugal
onde educação e saúde são prioridades, a ponto do ensino público superar em
qualidade o particular. O país dos nossos avós brancos, mesmo em crise, não
deixa de investir nas prioridades. Não adianta querer recriminar a mãe pátria
brasileira, culpá-la de tudo. Sempre a mãe e nunca os filhos desobedientes, que
contradizem as ordens, fogem das responsabilidades, fingem rebeldia por pura
covardia.
Neste 8 de março de 2013, Dia
Internacional da Mulher, como mulher brasileira, conclamo a todos a manterem respeito
à pátria em que nasceram. E que aprendamos a votar, e não nos deixemos levar por
promessas vãs, por intensões vis.
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