AMORIS LAETITIA
Já diziam as freiras do meu colégio Santa
Tereza: “Um santo triste é um triste Santo”.
Surpreende, mas tem sentido, o papa a certa altura de sua Exortação
citar o filme “A Festa de Babetti”. É
a história de uma francesa que chega a um pequeno vilarejo na Dinamarca, para o
emprego de doméstica. A família dinamarquesa recebe Babetti em sua casa, constituída do pai, pastor protestante, com
suas duas filhas. O ambiente austero, de abstinência, quase total, sufoca as
ambições das mulheres, que deixam para trás a realização pessoal; uma delas
com talento para a arte do canto, e a outra quase aceita casar com um oficial, o
que também não acontece. Ambas vocacionadas para estar ao lado do pai e seguir um
amor incondicional e uma fé repressora. A certa altura Babetti recebe a notícia
de ter ganha na loteria de Paris uma considerável soma. Resolve retribuir a
hospitalidade, promovendo um banquete com tudo que a culinária francesa tem de
especial. O pastor, suas filhas e os demais membros da igreja vão experimentar
momentos de prazer à mesa, o que revela o ser civilizado que é Babetti, na gratuidade do
amor, seu amor e gratidão para com as pessoas do seu convívio. Lembra o Natal! A alegria que deve
existir na fé, que é o altar do amor. Mas foi a mesma Paris de Babetti que os
terroristas atacaram no dia 22 de março.
Fanáticos suicidas mataram mais de cem pessoas numa casa de shows parisiense
de nome Bataclan. O preconceito mulçumano contra a liberdade, que sabemos tem
suas alegria se seus perigos. Tudo tem um limite, tanto que a França acaba
de decretar multa pesada contra quem pagar prostitutas. Se não há dinheiro, as
mulheres vão procurar serviço melhor, trabalho digno. Certo?
**********************************************************************************Recente publicação, O Amor 2.0, de Barbara I. Fredrickson, PHD. “A ciência a favor dos relacionamentos” – subtítulo do livro. Versa sobre o amor, mesmo assunto da Exortação do papa Francisco. A autora é psicóloga, e se ela ainda não conhece o chefe da igreja católica, todavia, goza da amizade do Dalai Lama, outro mestre espiritual, cujas palavras orientam muita gente para viver melhor, como mais amor, nesse mundo de tantos ódios em que se vive. A autora mantém o lado espiritual ao lado do prático. Para ela há um potencial humano para o amor, que não é uma simples categoria de relacionamento, não se restringe ao desejo sexual, ou uma ligação qualquer, com expectativas que levam à insegurança, oprime pela por seus desajustes, pode envergonhar, sendo mais desejo do que realidade na vida das pessoas. O amor não é incondicional, abarca todas as emoções positivas, estados prazerosos - de alegria, prazer, gratidão, esperança e similares. Sob o poder do amor as perspectiva de realização pessoal se ampliam. Diferente de nossas crenças que são muito pessoais sobre o amor, e podem desvirtuam essa, que constitui “nossa emoção suprema”. Palavras da autora do livro apresentado aqui.
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