TRANQUILIDADE E PAZ NA VELHICE
ELIZABETH II - NOVENTA ANOS- PARABÉNS
Dizem que é
carma, algo ruim fora dos planos, principalmente para quem não tem plano algum.
Se for coisa boa é sorte. O tempo passa, de repente vem a sensação que não se tem
mais tempo para realizar muita coisa, até mesmo nada. Um equívoco pensar que
alegria e realização são próprias dos moços e a tristeza pertence aos mais
velhos. Cuidado, pode haver indolência em todas as idades. A vida deixa de ter
graça, fica sem sentido, o que é típico de cada pessoa, atinge mais na velhice,
sim. Mas tem gente que não sai do lugar, e pode não ter muito a ver com a idade,
e sim com o temperamento, a educação, até mesmo questão de saúde. O normal é nunca
se perder as ilusões que a vida traz junto com ela.
O desejo bravo
como um tigre, mas que fica manso, sem os dentes para morder. Essa força animal
que pode vir como torrente avassaladora, ou como fonte benfazeja para os
jovens, e que sobrevive no homem até o fim. Com esforço e sabedoria é possível viver bem na juventude
e envelhecer ainda melhor. Ficar em sossego na velhice, quando tudo de mais trabalhoso já foi realizado, agora é só aproveitar a vida, relaxar. Os moços continuem a saga, façam o serviço pesado de construir
algo que valha a pena. E eles sintam o doce gosto do prazer e não amarguem o
fel da desilusão. Vivam com alegria e moderação. E que a tranquilidade e paz
dos mais velhos possam servir de lição aos mais novos.
Essa força animal
que é o desejo pode rugir, sim. Mas a índole do ser racional é propensa a domar
a fera. A palavra de fé, desde sempre empenhada na realização da essência
humana. E não pensar em termos perdas e ganhos, pois não há cálculo que
comporte o amor, a amizade, as alegrias e mesmo as dores. Certo que a vida
supera as expectativas. Essencial que as pessoas de mais idade mantenham a
saúde física e mental, dialoguem com os jovens e vice-versa. Atualmente há
maior aproximação entre as gerações, o que é muito bom para que se viva em um
mundo melhor. E que nunca se perca o desejo de fazer bem as coisas. Em
especial, fazer o bem, em qualquer tempo e de várias formas.
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