DEUS VIVO
Palavras
bíblicas e proféticas do Gênesis: “No princípio era o verbo, e o Verbo se fez
carne e habitou entre nós”. Verbo significa ação, criação. O verbo ser, de ser
humano, animal racional, que raciocina, reflete, e usa a palavra para comunicar-se,
para criar. O poder criador da palavra, que engendra o próprio ser, um ser
religioso, civilizado, que tem fé. Jesus
fala aos discípulos: “Eu sou aquele que sou”. E dá início a um novo tempo, ao Cristianismo, com
a fundação da Igreja Católica Apostólica Romana. A doutrina cristã é responsável
pela civilização ocidental, no que ela tem de melhor em razão e fé. É digno de
lástima o mundo atual ter perdido o contato com a prodigiosa
riqueza cultural da religião católica. Já a fé cristã, transmitida pelos
evangélicos, expõe uma grande parte da população a uma religião por demais empobrecida.
É compreensível que nos países protestantes como a Dinamarca e a Noruega avance
o ateísmo. “Ser ou não ser eis a questão”, escreveu o bardo inglês Shakespeare.
E entendamos de uma vez por todas que um país laico não quer dizer ateu, mas,
sim, onde não há uma religião oficial,
como acontece com os citados países, constitucionalmente protestantes.
No Brasil o catolicismo está
vivo e pulsa com grande vigor, não sendo poucos os locais de romaria, o mais
procurado na cidade de Aparecida, onde
há um santuário em homenagem a Nossa Senhora Aparecida. O certo é que por aqui a família e igreja
equiparam-se em importância na formação das pessoas, instituições que até há
bem pouco tempo eram consideradas esteio da sociedade, com o que só se tinha a
ganhar. Havia respeito para com a família e obediência aos preceitos religiosos
cristãos, de não destruir, não matar, ter amor pela vida, em suma. Religião
significa religação ao bem maior, Deus. Atualmente está no comando da igreja
católica o papa Francisco, um jesuíta, sempre disposto a estar mais próximo aos
fiéis e falar-lhes. Contudo ele costuma ser vítima da má interpretação das suas
palavras. Teria o Papa dito que não é necessário crer em Deus, nem ir à igreja,
e que a natureza pode ser uma igreja. Bento XVI esclarece aos fiéis que somos
produto da cultura e não da natureza. Spinoza foi quem disse que “Deus é a
natureza”, não o papa Francisco. É bom ter respeito pelas santas palavras do Papa,
que fala aos fiéis o quanto é importante preservar a natureza, o ambiente em
que as espécies se desenvolvem. Nosso linda Terra, onde habitam todos os seres
vivos. Os habitantes do planeta terra
sujeitos às adversidades da natureza, do irracional. Mesmo os animais
domésticos se irritam com estranhos, como nós humanos que temos de adquirir
defesas contra o inimigo, contra o mal.
Ser humano, um animal que possui o dom do
raciocínio, e tem condições de construir a própria felicidade. Mas também pode
tramar contra si próprio, ser desumano e agredir a vida a sua volta. O homem
possuidor de uma alma, sujeita às emoções benéficas: bondade, amor, a
compaixão. Também as maléficas: o ódio, a inveja, a luxúria. Absurdo, sim, o
mal que alguns fazem em nome de Deus, pois tem gente que se acha o próprio
deus, quando o que lhe falta é a humildade para amar, para ser religioso. E falam que o Papa também
teria dito que a ideia de Deus está desatualizada. Deviam saber que a fé religiosa,
a fé em Deus, é eterna e atual, supera uma simples filosofia de vida, que pode
ser atualizada e comportar ideias falsas, até torpes. Uma boa pessoa pode não
ser religiosa, mas fica fragilizado por falta do apoio necessário para
perseverar no bem. Enquanto aquele que se diz religioso tem obrigação de
revelar por pensamentos, palavras e obras sua ligação com Deus.
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