CORAÇÕES UNIDOS
Tem pessoas de natureza apaixonada, até
mesmo passionais, que não querem apenas as doces sensações do amor, mas as
trepidações da paixão. Há a feição, a amizade,
a caridade e o amor sexual. Já disseram
que o amor entre os sexos tem esse poder, de provocar uma espécie de abalo
sísmico em todo o ser. A experiência parece única, mas se repete, nunca da
mesma forma. A escala pode ser de maior ou menor intensidade, depende do
momento que ocorre, da predisposição. Eros em ação, em que o prazer sexual fala
mais alto. Irrefutável o prazer que o sexo provoca, e lá se vão a contenção e a
paz, para quem não sabe amar. É para ser assim? A amizade, a afeição, a caridade, também são formas de
amor, menos fatais.
Ninguém está imune de sofrer por amor, o
que pode acontecer com todo mundo, ter o
coração abalado, ou ferido pela seta de cupido. Os religiosos evitam os
prazeres do sexo, pela transcendência. O que Paulo desencoraja a quem a falta
de sexo pode abrasar. Há que distinguir os amorosos dos amorais, que já foram encontrados
até dentro das igrejas, pedófilos, que podem estar ali para cometer seus crimes.
Já os homens bons controlam os sentimentos, não têm o prazer como fim, e, sim,
meio de realização, de atrair uma parceira adequada para si.
Com o pai e a mãe é que se aprende a
amar, a conviver com as diferenças físicas
e psicológicas entre os sexos. Também há bons exemplos em torno de cada um,
dentro e fora do lar. Também péssimos exemplos, que comprometem o equilíbrio das
emoções. Entre homem e mulher existindo diferenças e semelhanças necessárias
para que a vida em comum seja harmônica. Diferenças que não podem ser eliminadas,
nem acirradas, elas existem por si mesmas, e devem ser respeitadas. Mesmo que
as mulheres, hoje em dia, estejam mais parecidas com os homens em seus desejos, queixam-se delas os homens, nem todos. Mas se elas e eles estão menos diferentes, porque os
feminicídios estão acontecendo com tanta
frequência?
No
passado havia quase uma incompatibilidade entre os dois sexos, compensada por
uma grande família, e muitos filhos. A natureza impõe regras irrevogáveis, sejam
quais forem as condições que a irracionalidade queira impor. As pessoas são
naturalmente cheias de desejos, que querem satisfazer, em especial, o desejo
sexual. E assim como o alimento serve para manter vivo o corpo, o sexo serve à perpetuação
da espécie, não esqueçamos disso. Podemos viver sem sexo, sim. Mesmo que seja
forte o impulso em direção ao outro, a atração que o homem sente pela mulher,
aquela que vai satisfazer o seu sexo e ao seu ser, de forma adequada. Implícito
o desejo pelo sexo oposto, que se exterioriza na relação sexual.
Uma energia
maravilhosa da nossa natureza animal é o desejo sexual. O prazer que advém
desse desejo é maior à medida que se reconhece racionalmente no outro sexo o
parceiro ideal para sua satisfação. O homem ama a mulher não apenas pelo prazer
que ela possa dar, e vice-versa. Mesmo um ser voluptuoso, não busca uma parceria
apenas para satisfazê-lo em seus primitivos impulsos. Prazeres existem fora do
amor, que , na realidade, é uma emoção madura, de amar e ser amado, quando
então o sexo entra como um complemento valioso, mas não é tudo. Grande vantagem
tem o jovem casal que estuda e reza junto, o que vai favorecer o casal, a família
e a criação dos filhos.
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