ÉTICA DO PRAZER
A
sexualidade, colocada dentro de certas formalidades, preserva sua natureza humana própria, como
deve ser, e não se banalize, nem se animalize. Formalizado pela cultura, com freio,
o sexo só acrescenta benefícios ao homem. Mas na modernidade tornou-se produto
de consumo, o erotismo explorado de todos os lados. O perigoso da falta de
cuidado ao tratar do desejo sexual, pois há uma queda do homem para a transgressão.
Progresso não significa negação da regra moral, ou religiosa imperante. Temos
atualmente a explosão de sexo na mídia, a literatura noveleira, que chega aos
rudimentos da pornografia, as novelas pouco ficando a dever aos romances do
marques de Sade.
O
sexo na atualidade quer ser midiático. Noite dessa, o program da Globo, Conversa com Bial, trouxe uma entrevistada para falar
sobre o poder da masturbação, o que as meninas deviam adotar, com cursos
para ensinar essa prática. Um aprendizado, que nada acrescenta, e sim promove a
perda do sentimento amoroso e do próprio erotismo. Do outro lado da tela os pobres mortais fora desses
“avanços”, têm muito a lastimar. O certo é que o ato sexual não pode ser
tratado como simples exercício físico. Sem as convenções, fora do ritual que enriquece,
prolonga e sublima o prazer, há muito o que perder. Esses novos, novíssimos tempos, do
vale tudo, redunda em permissividade, quando então os baixos instintos manifestam-se,
e o sexo degenera para o abuso, a violência. Daí o número assustador de estupros,
o que tanto preocupa a sociedade hoje em dia.
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