LAICISMO, FUTEBOL
E CASAMENTO REAL
E CASAMENTO REAL
Característica do nosso tempo,
o laicismo não tem a função de
se sobrepor, nem ganhar terreno sobre a religião, que conta hoje com uma forte de atuação
laica. Entenda-se que laicismo não significa ateísmo. É o efeito positivo da
secularização na modernidade, a opção por uma
vida mais livre, responsável e laica, em vez do simples controle e censura dos poderes constituídos. Mas sem família, sem religião, sem
filosofia, sem arte, cria-se um vazio na vida do homem. A frouxidão moral e a evasão nas igrejas fazem prolifer uniões e crenças alternativas,
exóticas e epidêmicas. Certo que a sociedade se desintegra sem o apoio logístico da alta cultura.
A vida
moderna torna-se a cada dia uma exortação ao entretenimento, à diversão, ao consumismo,
em detrimento da vida familiar, da atividade intelectual, da religião, em suma,
da civilidade. Padecemos de um baixo nível cultural. Uma mãe chegou a declarar
nas redes sociais que sua filha é cara, no sentido de preço. Ora, essa mãe
deveria falar que a filha tem valores.
Passou-se a confundir uma coisa por outra. Fora do exercício do pensar, do
valorar, acontecem os absurdos que vemos, gente sem noção. Na
internet, local precioso para a informação, vemos a desinformação, as mentiras. Os blogs são bem vindos, os que
interagem em benefício das pessoas, no sentido de impulsioná-las a um ideal elevado.
Alguns nichos subculturais com alguma utilidade para esse nosso mundo sem tradição, mundo simplesmente consumidor.
A
mídia anuncia a Copa que acontece no próximo mês, o futebol paixão nacional.
Antes vai acontecer um casamento real, o que acende nas pessoas aquela chama de
pompa e tradição, o que só a monarquia inglesa é capaz de fazer e encantar mundo afora. O
príncipe Harry casa-se com a plebeia Meghan Markle, artista, divorciada, afro-americana,
ativista de causas sociais e mais velha que o noivo, o que leva à perplexidade, seguida de
aprovação da maioria. Estamos já no século XXI, e não comporta mais
preconceito de qualquer espécie. Meghan é uma mulher de valor como todas as mulheres que se prezam. Voltemos ao que mais interessa aos brasileiros no presente momento, ser
campeões mundiais no futebol pela sexta vez.
Entre
os esportes o futebol é o que mais se sobressai, fenômeno de massa, que une os
brasileiros em um só coração. Mas o esporte das multidões não é tão inocente
assim, em nossos dias as partidas de futebol deixam de ser um momento gregário, e tornam-se pretexto para a
liberação do irracional, e se pode avaliar o
instinto agressivo de rejeição ao outro, de conquista e aniquilação simbólica
do adversário. Famosos os
grupos violentos de torcedores
apaixonados em confrontos homicidas. O comportamento é de uma horda em fuga
da vida civilizada. Acontecem
os confrontos, guerras, não de conquista de espaço, mas de simples vasão dos
instintos primais. Não é para ser assim, afinal o futebol nada mais é que um esporte moderno que deve ser apreciado por torcedores civilizados e não primitivos inimigos.
Casamento real e a Copa do mundo são dois espetáculos midiáticos esperados com ansiedade para acontecerem; o primeiro, no próximo sábado, o segundo, mês que vem. Que tudo ocorra bem e o final seja feliz, para a família real e para nós, brasileiros, mais uma vez sermos campeões mundiais.
Casamento real e a Copa do mundo são dois espetáculos midiáticos esperados com ansiedade para acontecerem; o primeiro, no próximo sábado, o segundo, mês que vem. Que tudo ocorra bem e o final seja feliz, para a família real e para nós, brasileiros, mais uma vez sermos campeões mundiais.
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