POSSE NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS |
ARIANO
SUASSUNA, UFPE-1999
SEM LEI, NEM REI, ME VI ARREMESSADO
BEM MENINO A UM PLANALTO PEDREGOSO.
CAMBALEANDO, CEGO, AO SOL DO ACASO,
VI O MUNDO RUGIR. TIGRE MALDOSO.
O CANTAR DO SERTÃO, RIFLE APONTADO,
VINHA MALHAR SEU CORPO FURIOSO
ERA O CANTO DEMENTE, SUFOCADO,
RUGIDO NOS CAMINHOS SEM REPOUSO.
E VEIO O SONHO: E FOI DESPEDAÇADO!
E VEIO O SANGUE; O MARCO ILUMINADO,
A LUTA EXTRAVIADA E A MINHA GREI!
TUDO APONTAVA O SOL! FIQUEI EMBAIXO,
NA CADEIA QUE ESTIVE E EM QUE ME ACHO,
A SONHAR E A CANTAR, SEM LEI NEM REI!
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