quarta-feira, 10 de novembro de 2021

 

                               MADURA AFINAL

 

RUA GRANDE - S. LUÍS MA.


              Anunciado o fim da segunda guerra, comemorava-se a paz a as mudanças que viriam. O melhor de tudo, as liberdades individuais, a reboque do extraordinário avanço em todas as áreas do conhecimento. As garotas no comando de suas bicicletas vivenciavam o início desse mundo em transformação. E ainda que sonhassem com sua festa de 15 anos e o baile de debutantes, era certo que entrariam para a faculdade, para seguir carreira em alguma profissão. Bom acreditar que ia valer a pena experimentar o que vinha pela frente.

              Estudar, trabalhar, casar, a última opção ainda em detrimento das demais. Daí para frente era lutar para que tudo desse certo nesse novo tempo, as mulheres na conquista do seu espaço fora de casa. Elas ainda não queriam ser iguais aos homens, mas sabiam dos seus direitos de crescer confiantes no futuro. Sem essa de padecer no paraíso, nem tampouco no inferno, que seria um mundo despreparado para receber tão importantes colaboradoras. Na década de cinquenta e sessenta poucas as mulheres pensavam em planejar a natalidade, mas as mudanças caminhavam em direção ao bem estar da pessoa em particular, numa bem constituída sociedade.  A procriação que nunca esteve fora de suas cogitações, mesmo que não se realize. As mulheres com receio de ter filhos em um mundo tão difícil de se viver como o atual. As mães de hoje não se sabe se melhores que as antigas de chinelo na mão. Cuidado, que hoje em dia é crime bater nos filhos!    

            Madura afinal, tanto a mulher quanto a sociedade, com a efetiva ajuda do homem, claro. Século XXI, aceitar as diferenças, e se houver intolerância, que seja contra o erro, contra o que é falso. Os avanços sendo bem avaliados. E não seja conflituosa a relação entre o ser humano, constituído de corpo e alma e o progresso material. E para que haja sucesso na relação, não basta o desejo, a paixão, mas que se reflita bem sobre o que realizar juntos. Assim como acontece com o casal de nubentes.  O amor, a vida, preservada de todo mal. Amém!

         Como costuma dizer o padre celebrante do casamento aos presentes, antes de dar a bênção aos noivos: “Se houver algum impedimento que falem agora, ou calem-se para sempre.”  

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