TEMPO DE NOS SALVAR
No mundo contemporâneo há uma inusitada
obsessão por qualquer coisa, “causa”, certamente para suprir o vazio, que já faz
parte da atual vida estressante, de busca insensata. Não chegamos ao paraíso, perdido faz tempo, ao
contrário, estamos em um estágio de abandono e tédio. Um materialismo arrogante
suga tudo, em troca de grande insatisfação. Esse dito homem moderno, ambicioso
e ansioso, já ultrapassou os limites do bom senso, mesmo tendo alcançado alto
nível de progresso material, e frustrações, nunca antes experimentadas.
No momento, os líderes das nações
desenvolvidas estão reunidos para o G20 em Roma. As tratativas sobre o aquecimento
global e a destruição do planeta, com vista a salvá-lo, e a nós humanos,
enquanto é tempo. As promessas são pífias, e nem sempre cumpridas. O Vaticano, sede de uma religião milenar, ali perto, aponta um sentido para a vida, uma
versão benigna do estado de bem-estar de felicidade, com pessoas em busca de alento na
família e na profundidade religiosa. Diferente da superficialidade e
intensidade contemporâneas. O mundo hoje superpovoado, com gente dedicada ao
consumo de coisas e mais coisas, numa compulsão. A espiritualidade consumida modernamente
como um produto qualquer, comercializado com má-fé.
Bem verdade que as mulheres são hoje
mais valorizadas, diga-se, mais como profissionais competentes, e menos como mães. E o que se vê é uma gente frustrada, as mulheres no desejo de terem ao menos um
filho, para que não esqueçam quem são, e já esquecidas. Os homens sem muito
empenho em fecundar as mulheres, para não se
comprometerem, nem tirá-las do mercado de trabalho. A vida instável e estéril. E
apesar das feministas, ou por conta delas, o mundo continua machista. A
culpa vem lá de trás, quando a mulher era
mantida em casa, procriando sem parar, em vez de fértil na medida certa, o que disse
o papa Francisco em sua visita a Tailândia.
O tanto que a mulher se empenhou para
povoar o mundo, e havia chegado o momento de libertação. A visão real diferente
da visão ideológica, inclusive no sentido da procriação. Os futuros pais convictos
dos filhos que querem ter, em vez de tratarem da simples sobrevivência da
espécie. Reduzir a prole a níveis compatíveis com a oferta de bens disponíveis
na natureza para serem consumidos. Mas aceitar a realidade requer maturidade. Rapazes
de tão boa compleição física, adquirida à custa de muita vitamina e também nas
academias, e o há é uma certa desconfiança pelo que são de
verdade, acrescidos do preconceito que têm para com os mais velhos.
Foi nos anos 60 que surgiu a ideia de que
os jovens iam inventar um mundo melhor, mas o que surgiu foi uma geração de
retardados mentais em termos morais. Hoje um grande contingente de jovens, que
não tiram os olhos da tela do celular, onde o que mais se vê é uma exposição de
vaidade. Homens e mulheres pouco dispostos a contribuírem de verdade para um
mundo melhor - ou seja, o mundo possível segundo Leibniz.
A formação é que nos define. Não
nascemos prontos, em cada pessoa um potencial evolutivo, e o livre arbítrio, para
seguir em direção ao conhecimento, à sabedoria, e não se tornem retardados
mentais. E sejam todos cumpridores dos claros desígnios de Deus, gravada na alma
imortal a consciência humana do que é certo e errado. E em sua honra o mundo possa
gozar da almejada paz e prosperidade para todos, na harmonia pessoal e social. Com
respeito e sem preconceito.
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