sexta-feira, 31 de maio de 2024
NADA É POR ACASO
Cada pessoa vê o mundo de forma diferente, e há
quem nele se encaixa, ou se acomoda de qualquer jeito, são os
conformados. E tem os que olham a vida com má vontade, e ainda
querem por tudo abaixo, os rebelados.
A conformação é abismal, assim como é trágica a rebeldia sem uma boa
causa.
Ela
sempre cedia,e tinha o costume de dar prioridade aos outros, sendo a última a se servir na
mesa, quando então colocava a menor porção de comida no prato, e ainda dizia que sobrava da galinha era o seu pedaço preferido. Não se sentia merecedora de qualquer privilégio,
nem pensava em ter algo de valor para ser seu. O pouco que tinha de boas lembranças guardava numa caixa de
papelão atrás do armário de antiguidades da família. Seu nome: Conformação.
Ele sentou na cabeceira da mesa ao casar com a fillha da viúva, nada mais cômodo para um gigolô. Fazia
questão de ser bajulado e servido como um rei. Nunca enchergou as pessoas como dignas de respeito, só queria a satisfação própria. Sumia de casa, e só aparecia quando o dinheiro acabava, pondo fim à alegria da família com seus abusos. A mulher prisioneira na própria casa, enquanto o marido nas esquinas importunando meninos e meninas. Morreu esfaquiado por outro gigolô. Seu nome: Danação.
Talvez por suas lembranças Maria acha que deve considerar a vida como um acaso, as pessoas estando naquele lugar, naquele momento, naquela vida. Mas nada é simples acaso, e podemos conduzir nossa vida com certa tranquilidade. Seguir viagem seguros de que o carro não vai bater na estrada, o trem não vai descarrilhar, o avião não vai cair, por conta do acaso. Embora haja momentos de pânico, como aconteceu quando um condutor maluco jogou o avião que conduzia sobre às montanhas. Nada é por acaso, e tudo é possível!
terça-feira, 28 de maio de 2024
NO JOGO DA VIDA
Maria tem observado que a vida pode ser comparada com um jogo, onde as pessoas fazem suas apostas, com possibilidade de ganhar ou perder.
Os relacionamentos são grandes jogadas, onde às vezes apostamos tudo, com o risco ainda maior. Temos que aceitar, e pagar para ver, consciente que perdendo ou ganhando a gente está vivendo. Bom reconhecer que fizemos o nosso melhor. Ruim é não saber como podeia ter sido. Mas dá para imaginar...
Ela
não ia voltar para o Norte, mas assumia o emprego no Rio, deixando de depender financeiramente da
família numerosa, sendo a filha mais velha. Não ia retornar à casa dos pais
para esperar um marido e ter, no mínimo, uma dúzia de filhos. Ainda correndo o
risco de ficar solteira, como duas conterrâneas da geração anterior, que noivaram
por anos, e os pretendentes as deixaram
por outras. Não desistir do seu sonho de
melhorar seu status social no mundo, como mulher, dona do seu destino, com
dinheiro no bolso, o que até então só acontecia com os homens e as beneficiadas
com heranças. Além do mais, se voltasse
de mãos abanando, iriam achar que ela era uma perdedora, e ainda escutar a irmã
mais nova cantar em debique: “Se subiu, ninguém sabe ninguém viu”.
As
lembranças lhe vinham como em uma folha em branco para ela rever o passado. Aos
dezoito anos estava no Rio, tendo uma boa oportunidade de ser contratada para
trabalhar na “holerite” do BB. A demora em ser chamada era comum, mesmo aos
concursados. Não ia voltar correndo para casa dos pais, com medo de perder um
ano de estudo. Época em que tinha sido vetado às mulheres o concurso para ser
funcionária efetiva da renomada instituição bancária. Mas havia sido avisada
que as coisas iam mudar, e em breve ia ser efetivada, com a mudança das normas
da instituição, que devia se adequar aos novos tempos.
Maria estava feliz, pelo trabalho e também
porque seu irmão mais velho havia chegado a S. Paulo, onde sempre sonhou em morar, na cidade mais rica do país, um outro mundo. E acabara de decidir também não retornar
ao interior de Pernambuco. A noiva, que deixara lá, ao assumir o emprego no
banco, não queria sair da cidade natal, conforme anteriormente combinado. E foi
esse irmão quem deu a notícia para Maria que seu colega do Liceu Maranhense,
antiga paquera da irmã, estava em S. Paulo, também no BB. Ela completando um
ano de trabalho, já funcionária efetivada.
Novembro,
Maria ia tirar férias e aproveitar para visitar o irmão, além de conhecer sua
nova namorada. Ainda podia ter um encontro com o tal paquera. A prima carioca
de Maria ficou animada, e de pronto ofereceu-lhe companhia, também estava de
férias do trabalho no IBGE, ansiosa por conhecer a “terra da garoa”. Combinaram a
viagem para dali uma semana. Malas prontas e lá se foram as duas primas, que já
eram grandes amigas, desde que Maria chegou no Rio.
Já
há dois dias em S. Paulo, Maria ia finalmente encontrar-se com o amigo do irmão,
certa de que o reconheceria. Mas ao
vê-lo descer a escadaria do Masp, local do encontro, teve de imediato a certeza:
ali estava o homem de sua vida. Fazia frio e ele vestia um elegante casaco
preto, os olhos verdes-azulados a brilharem em sua direção, e que dali para frente, sempre haveriam de
brilhar para ela. A prima naquele mesmo ano conheceu Antenor, colega de
trabalho, com quem se casaria no ano seguinte, quando também ocorreram os
outros dois enlaces.
“O que
é o bom para nós, — se ainda não chegou—, está a caminho”, diz sempre Maria.
segunda-feira, 27 de maio de 2024
domingo, 26 de maio de 2024
MÃOS
Por do sol da minha janela em Brasília |
Costumamos
dizer que “os olhos são espelho da alma”, palavras que
expressam nosso ver e sentir. Eles
têm correspondência com as mãos, que realizam o trabalho, e também podem exprimir
amor, devoção, e por aí vai. Lembro-me
das mãos da minha mãe escrevendo cartas com sua bela caligrafia, as mesmas mãos
que nos seus últimos dias as tive entre as minhas, como a dizer-lhe que não
partisse, mas ela já estava fraca, com mais de cem anos, mas suas mãos eram as
mesmas macias das doces caricias de sempre. Já as mãos da minha avó recordo delas
cuidando do seu jardim, assim como
cuidava com esmero dos docinhos para festas, além dos demais labores que
realizava, e não eram poucos, sendo
admirável crocheteira .
Devota
do silêncio, minha tia era muito linda, mas tinha desgosto das mãos magras, e mantinha
suas unhas sempre pintadas no vermelho
vivo da moda, mãos que também vejo acenando
nas partidas, por mais perto que a gente fosse, e que apertavam calorosamente
nossas mãos nas chegadas. As envelhecidas
mãos da madrinha parece que tinham sido
feitas para se juntarem em oração. Da prima Aurora via suas mãos sempre segurando
um cigarro, mãos calejadas, que também falavam do trabalho na roça. Já as mão
da menina cega que tocava piano na casa em frente a nossa, na Rua das Hortas,
eram como mãos de um anjo.
sexta-feira, 24 de maio de 2024
RECONTANDO A HISTÓRIA
S. Luis Ma |
Longe de ser
uma visionária, ou vidente, e sem nenhuma especialidade nesse sentido, Maria apenas
tendo a vontade de conceber outro enredo para si, também para as demais pessoas,
que conhecia de perto. O quanto de mocidade
desperdiçada! Tantas dores poupadas, dramas a
serem evitados. As coisas são como são, mas Maria tenta alcançar além do que a vista alcança. A inércia do passado a incomoda, um bom motivo
para ativar memória e imaginação.
A menina está alegre
com a novidade do altar erguido na sala para as bodas e a mesa de doces com o
bolo de dois andares. No quarto a noiva recebe da madrinha os últimos arranjos na
sua doce imagem, antes da cerimônia. Dia festivo, e porque a tia chora? É
quando vê a noiva correr em direção à porta da rua. Ela fugia do que a angustiava, desde quando
recebeu a notícia que seu noivo havia estuprado uma moça, que estava grávida. Na véspera a mãe da noiva havia queimado velas
na cozinha para as “almas santas vaqueiras”, devoção particular, da qual ninguém
da casa ouvira falar...
Mãe e filha encontraram-se
dias depois na casa de parentes, e juntas resolveram a mudança para o Rio de
Janeiro. Era para onde todos queriam ir, em busca de melhores oportunidades, em especial, para a mulher. Além da maravilhosa paisagem que iam ter
diante dos olhos. Não demorou a moça encontrar
trabalho e logo a seguir, um psiquiatra, ideal para lhe dar amor e curar as feridas da
alma. Também outro e melhor futuro da toalha pacientemente bordada pela noiva,
enquanto esperava pelo noivo traidor. Uma radiosa descontrução do passado, e nunca mais a agonia das tardes silenciosa
da tia de Maria diante da janela, com o bordado no colo.
quinta-feira, 23 de maio de 2024
RELIGIÃO
Quero esclarecer os leitores sobre a questão religiosa da mensagem acima, postada no Facebook. Antes disso, peço desculpas por eu não saber quem é Chagdud Tulku. Primeiro que tudo, lembro a todos da nossa natureza animal, e que, diferente dos irracionais, temos o dom da razão. E como animais racionais temos que nos educar para evoluirmos como seres humanos. Não somos “cãs amestrados” por conta disso. Ou tem quem duvide da necessidade da educação? Como seres humanos, constituídos de corpo e alma, que além do mental possui o emocional, temos o apelo da religião, que visa formar a pessoa, ou seja, encaminhar mente e alma para o bem, antes que o mal prevaleça e tome conta da pessoa, principalmente no mudo atual, tão cheio de convites para essa queda. Em vez disso, saber que a espiritualidade surgiu no homem, desde que ele habita a terra. Ter noção do bem, crer em Deus, que é o Bem. Nunca esquecer do Pai, nem da nossa Mãe divina, essa é a missão da nossa fé católica apostólica, que há 2000 anos nos acompanha. E o quanto nos faz bem essa Fé. Amém!
domingo, 19 de maio de 2024
É
preciso entender que Deus coloca bênçãos em tudo que fazemos com fé e amor.
Abençoados gestos de compreensão e os incentivos. Abençoado acolhimento e a ajuda em tempo de dificuldade. Abençoados sentimentos
de solidariedade e respeito. Abençoadas coisas que nos fazem felizes de
verdade. E, em especial, abençoada gratidão pelo que recebemos.
sábado, 18 de maio de 2024
Back to Black
This movie stars Marisa Abela as the female singer Amy Winehouse, Eddie Marsan as the father of the now today dearly missing Amy Winehouse and Jack O'Connell as the boyfriend and husband that most impacted Amy’s life and singing career. The direction of this movie was carried out by Sam TaylorJohnson meanwhile Matt Greenhalgh was its script writer.
Back to Black begins with a London jazz amused eighteen-year-old girl who yet had never sung to wide audiences in her life back then, but only to her family. Things kick off when Amy gets then friendly occasionally on singing to a pub’s owner, her brother and some loyal jazz fans from the very pub. She had had no idea that pub’s owner went into contact with a musical recording music label company, because that changed everything. Not long after that, she under record to the radio, singed a bombshell that delighted Londoners on putting her on the top ten of that very same song launching week. All this, with her talented voice and irreverent lyrics towards the “on bed weak male sexual attributions of her then boyfriend - that she labelled as a like gay boyfriend of hers”. He broke up with her after he had listened to that song of hers in the radio rs. She goes on anyway with her criticism on “fragile” male attitudes onto the relationships she had been going through until she got to meet a different man. This man (played by Jack O'Connell) was very onto be acceptable to this irreverent criticism and was very deep into a female band that were somehow connected to the very Amy’s poetry connection. As soon as she got to realize that love, it happens that the feeling comes inevitably crashing down from her to him, even as engaged as he had already been so far, for her intense passion broke him away from his previous then girlfriend.
All in all, Amy’s life turns it self into a hurricane of intense emotions of ups and downs, followed then much more than ever, by the addictions of both of them spicing up far more her complications to deal with alcohol, alongside with lost, fame, mistrust and misunderstandings. For the two of them had been in prior dealing with their own deep addiction troubles until they fell for each other, they just had been ignoring the signs and effects.
For the complete effects of this passing hurricane across the saga the two of them, and then on the family’s saga of Amy, this movie mustn’t stand hidden from the notion of an audience that must feel so connected to the music and to the real-life drama in general. The role played by Marisa Abela as Amy fulfill in great promises what it has been supposed to be delivered regarding the emotional transitions so hard felt by our eternal singer. Especially when it needed it all to summon so much intense crying, deep choreographed singing, attention to the behaviours and acts of Amy at her most critical and transitional moments of suffering and joys meanwhile suffering addiction and, not for the last, many good connections to deal with all these transitions with her co-actor Jack O'Connell. And as such, as the movie is very well centred in this couple, for a very good reason in Amy’s life and her compositions, the direction job of Sam Taylor-Johnson had to be very well aligning with the different ongoing anguishes that were sat on the singer. And this in order to make the responses and reactions of her boyfriend (and then husband) the much convincing and delicately connected to the aspirations and demises stricken onto Amy’s fragile and tortured mind. The script goes along in a very linear story that does not want to get missing her living pivotal turbulences lightened up towards her most intrinsic deal moments with fame, and passion and depression until her first got grammy when she just had got out of rehab.
It doesn’t mean that the story telling of our eternal singer is incomplete, it is told so anyway, but not to be expected as a so much dramatic finale. The drama of her final moments going there and back again in rehab, while falling back again into some devious and gruesome alcoholism in an even more shockingly presenting ways than that of what the storyline of this movie has gone and presented, could be shot in a continuation film. So, this time, in some much deeper emotional focused oriented dialogues and conversations back and forth between Amy Winehouse, her father Mitch (played by Eddie Marsan), and her mother and her brother. Much could be done in this “Back to Black: Part II” with the same worked here explained guidelines, used by this movie director and script writer. The cast to be included for the roles of Amy and her father and brother should be, in my view, the same used in this movie so here described and analysed.
For the movie Back to Black, I give it the score of 70 out of 100.
This movie analysis has been writen by GUSTAV MENDES VERAS (English Teacher at Wise Up/Number One), the grandon of Maria Vilma Muniz Veras.
quarta-feira, 15 de maio de 2024
NO CAMPO DOS SONHOS
Infância, juventude,
mocidade e velhice, são as quatro fases da vida. A infância é início do plantio; a juventude é
tempo de sonhar com a futura safra; a velhice é
o fim da colheita. Entre deux âges,
como dizem os franceses — entre o início e o fim — há o tempo do meio, da mocidade,
tempo de planejar e plantar, e esperar que os frutos estejam prontos para serem
colhidos. A busca vai ser sempre por superação de uma fase para outra.
A velhice é a
fase de maior peso. Ainda em plena mocidade, ou idade
da razão, também dos arrojos, da impulsividade, do cultivo no campo dos sonhos. Se planejarmos bem e plantarmos no tempo certo vamos ter o
que colher. E quando chegam os primeiros cabelos brancos é prenúncio da velhice. E o domínio sobre sobre nós memso, sinal que envelhecemos. Daí para
frente a contenção e a fé, que nos acompanham desde sempre, e proporcionam amparo espiritual à idade. O tempo da velhice
é da pacificação.
E se a velhice
nos chega por fora, por dentro estamos mais vívidos que nunca. O passado não
passou, está presente em nós. Indo do fim para o princípio, voltamos às dores e aos albores da infância, que tanto nos
marcou . Assim como retornamos à rebeldia dos verdes anos, não mais para
destruir, e sim restaurar o que soçobrou às intempéries. Tempo da velhice, de reconstituir a vida em um patamar das "insignificâncias", que tanto significado têm, superior às coisas, que se supõe ser de maior valor.
segunda-feira, 13 de maio de 2024
CORAGEM
Como
seres humanos temos características que nos
diferenciam uns dos outros no corpo e na alma. Muito do que somos é inato,
nasce conosco, e cabe a cada ser humano desenvolver suas potencialidades. O resultado
está na pessoa que nos tornamos.
Segundo
estudos antigos, somos regidos pelos astros, que teriam influencia no nosso
agir, sentir, e nos conectamos com o mundo. Relacionados com o ano, mês, dia e
hora do nascimento estão os 12 signos que representam nosso micro universo. As
particularidades detalhadas em um horóscopo.
Sentir
medo, por exemplo, todos sentem, mas, segundo o horóscopo, o medo do abandono é
típico dos nascidos sob o signo de peixe. Para os arianos o medo é da morte. Já
os capricornianos temem o fracasso, e por aí vai.
Maria
acredita em horóscopo, mas não se lembra de ter tido medo do abandono. Ou não
teve tempo de ter medo, já que o abandono faz parte da vida. Certo que somos abandonados,
tanto quanto abandonamos as pessoas, as coisas, até mesmo os sonhos.
Os sonhos
de Maria, e ainda os que ela nem sonhava. E ela não podia imaginar o longo caminho
que ia corajosamente percorrer. Mas o que a vida quer é coragem.
domingo, 12 de maio de 2024
sexta-feira, 10 de maio de 2024
quarta-feira, 8 de maio de 2024
terça-feira, 7 de maio de 2024
FICÇÃO
IDADE E TEMPO
Início de primavera, e Maria declara seu encantamento pela “estação rósea”, ou das flores. “Coisa da velhice a cor rosa”, diz Alice a sorrir, com a blusa na mesma cor. A aniversariante veste azul, sua cor preferida, e já distribuiu as fatias do bolo após apagar as velinhas do "parabéns". Alice está com sua fatia nas mãos, comenta:
— O clima do planeta está mesmo alterado, com um calor intenso, o maior de todos os tempos, e as castástrofes acontecendo, como essa enchente no Rio Grande do Sul. Nós aqui dando grças a Deus de sofrermos apenas pela conta da energia, que está nas alturas, com o ar
refrigerado ligado sem parar, numa casa de cinco pessoas, em três faixas de idade.
Os pais moram com ela, ou ela é quem mora com os pais,
depois da separação, em companhia das duas filhas. Já Cibele é solteira, mora sozinha, e inicia sua fala sobre o que foi programado para aquele encontro:
— Adentramos na velhice, mas na verdade eu ainda me sinto em plena mocidade, com
boa saúde, do que sempre cuidei, e já tomei minhas providências para ganhar
musculatura, a maior protetora dos ossos, que se perde com a
idade.
Maria já se manifestou, mas não esquece o Show da Madona em Copacabana, que viu pela TV na noite anterior e, aproveita para a partir daí entrar no assunto da velhice:
– Vocês viram na TV o show da
Madona? Acredito
que nenhuma de nós esteve lá, ao lado daquela moçada enlouquecida. Dizem que
houve até resgate no mar de fãs da cantora.
Mais de um milhão a gritarem sua paixão pela artista pop. E eu aqui com
saudade de mim mesma, quando escutava no rádio Dalva de Oliveira, e meu maior
sonho era ganhar uma bicicleta, mais tarde casar e ter filhos. Hoje os jovens só pensam em ser uma pessoa
intensa. Mas acho que a intensidade dessa gente em vez de preencher a vida, sufoca.
Rosália confirma que viu a transmissão do espetáculo:
—Vi uma mulher a se superar nos excessos de uma apresentação satânica. Madona mente ao se dizer cristã. Ela não é mais jovem, como são seus filhos, que a acompanharam na excursão
ao Brasil, e fizeram loucuras no palco ao lado de Anita e Pablo Vittar, entre outras jovens “celebridades”.
Felizmente a mocidade não é só isso, tem
gente ainda boa da cabeça.
O show
de Madona torna-se um gancho para falarem da velhice, o que Rosália tenta abordar em poucas palavras:
— Certo que envelhecemos por fora,
mas por dentro estamos vívidas, plenos de vida, basta que se queira e esteja preparado. Já esses moços de hoje, fãs de Madona e outros popstars, parecem desgostosos
do mundo em que vivem, e tem até os que querem a todo custo por fogo em tudo. Gente
que se diz intensa, mas é certo que se o vigor e a vontade forem disperdissados faz a alma envelhecer. Enquanto os de alma elevada se mantêm em boa forma, de acordo com sua idade.
Mas a catástrofe que deixou o Rio Grande do Sul debaixo d`àgua, e sua população ao desabrigo, merece toda a solidariedade. Maria está aflita, e pergunta:
— Castigos para os homens,
em resposta aos seus desmandos? Chuvas torrenciais no Sul, e uma tórrida Madona, que parece ter surgido do fogo do inferno. A cantora já foi embora,
resta esperar essa outra tempestade passar o mais rápido.
Rosália vai fazer 70 anos no próximo mês, e diz sempre que procura manter intacto seu amor pela vida, que ela acredita merecer toda atenção dela, volta a
falar:
— Os idosos podem não ter mais aquele antigo vigor, aquela veemência, nem mesmo aquela antiga vontade,
mas podem ganhar dos jovens em discernimento,
o que lhe promove a experiência, e a ter uma vida melhor. Tempo de vida após a mocidade, a velhice é para ser vivida sem arroubos. ou assombros. Mesmo que haja velhos ridículos, que querem ser jovens. E arrastar uma velhice vazia é o que há de pior. Tem os frutos da
vitalidade, e os frutos de uma vida bem vivida, na fortaleza espiritual, que pereniza a juventude da alma. A mediocridade é que faz a pessoa engolir uma Madona, por exemplo.
Duas horas se passaram, e elas ficam um tempinho caladas, até se despedirem.
domingo, 5 de maio de 2024
A VIDA TEM MISTÉRIO, NÃO SE PODE NEGAR
Rostos e vozes que desaparecem, pessoas que somem da nossa vida, tantas perdas valiosas, que deixam um vazio em nós. Também acontece com os momentos, que vão embora, bons, ou maus. Não partiram para sempre, estão conosco em nossa mente, em nosso coração, nas nossas lembranças. E podem voltar se quisermos que voltem, como aparição benfazeja, ou que surjam do como fantasma para nos assombrar. A eternidade está fora do tempo e do espaço, mistério da vida que não se pode negar. Possível sentir outra vez a dor antiga, a perene emoção. Mas não nos apoiemos demais no passado, pois o presente requer fortaleza.
O novo
tem a intensidade da presença empolgante,
impactante. E mesmo breve, a novidade pode se tornar por algum tempo protagonista
da trama da nossa vida. E se for uma presença duradoura pode até mesmo ocupar o
lugar dos antigos amores. A doce brisa das perspectivas que trás o futuro, ao
qual compete dizer o que será, ou deixará de ser. O importante é permitir que a
vida faça sentido, aqui, ali, ou acolá; hoje, amanhã, dia após dia, sempre. Os
chamados são muitos, mas restrito o que é verdadeiro.
A nova
realidade apresenta-se de forma a tornar-se até mesmo dona de nossa vida. Mas cuidado,
a vida não é apenas o aqui e agora, o que vemos e sentimos no momento, mas o que
nos dá força para viver. Certo que a boa oportunidade não vai voltar, mas pode dar
lugar a outra melhor. E quem não teve aquele bom momento na vida que não foi
bem aproveitado, e passou? Ou, ao contrário, o inoportuno, que seguimos e mereciam melhor avaliação. Ter Discernimento também se aprende.
Coisas boas acontecem, e passam, como tudo na vida. Assim como a sucessão de
acontecimentos ruins, que nos querem nocautear. E em vez dos fantasmas da mesquinharia, da ingratidão e da falta de amor, reencontrar–nos com a doce amorosidade, a sublime generosidade,
a grandiosa gratidão, tudo que nos cura e faz evoluir. Ser grato protege o coração. Grato a Deus no comando de nossa vida.
sexta-feira, 3 de maio de 2024
POESIA E
LENDA NO REALITY SHOW
“Um instante de beleza é
uma alegria para sempre”, declara o poeta inglês Keats, sobre o encantamento, que é um breve momento,
mas fica a lembrança. E se possa dizer: “Valeu!” Contradiz a lenda medieval da Moura Torta, que conta a
história de uma mulher feia no seu trabalho árduo de buscar água no rio, até que um dia ela olha naquelas
águas e se vê bonita, como nunca foi. Por acreditar na visão que teve, quebra
o vaso de barro com o qual carrega o
precioso líquido, por achar que era
outra pessoa, e não devia se ocupar daquele
árduo trabalho. Até que a realidade mostra sua verdadeira face, e ela não era
bela como lhe parecia ser, e ainda mais
feia retorna ao estágio anterior. Como no show da vida, poesia
e lenda nos faz lembrar o Reality Show, que
acontece todo ano rede Globo.
O BBB 2024 inicia com duas dezenas de participantes, que
vão ser eliminados a cada paredão durante o confinamento de três meses em uma
grande e bem decorada casa, com câmaras escondidas por toda parte. São instantes de encantamento, com jogos e
festas, que não param de acontecer, também de duros desafios. Os
participantes tratam de jogar com as armas que possuem para, e ao final abocanharem
o prêmio milionário. Vestem-se de acordo com o gosto e as posses de cada um,Estoques de maquiagem são gastos pelas mulheres, enquanto os
homens tratam de seduzi-las para formarem um casal, e mais facilmente conquistarem os telespectadores, que votam
para a permanência ou eliminação da concorrente, avaliadas as atitudes e os
discursos dos participantes. Brigas acontecem, e tem as ativistas por
alguma causa, quase sempre racial, o que
acaba por não gerar a simpatia esperada. Quer ganhe, ou não, o prêmio, cada um vai
lembrar para sempre dos bons momentos que experimentaram, e também dos ruins, lógico. E ninguém queira ser uma “moura torta”.
Nota: Após o Reality Show de 2024,
ainda perdura os embates sobre dois casamentos desfeitos por ciúme dos pares que ficaram fora da casa.
quinta-feira, 2 de maio de 2024
Boy Kills World
This movie stars Bill Skarsgård as the so called “Boy”, Jessica Rothe as June, and Famke Janssen as the notorious infamous Hilda Van Der Koy. The plot begins with the Boy being collected as an intensely to be trained to kill rogue assassin from a mysterious Shaman. All this, to wipe out by all means necessary the totalitarian woman leader of a brutal ruling regime that had personally murdered by firing squad his entire family. Boy (who has mysteriously become deaf and mute) then succumbs to the temptation of casting aside his ongoing training mission of personal vendetta, by leaving his then master as soon as he saw a mob revolt being slaughtered after another family had just been butchered by a firing squad in front of the crowd likewise his own family had been finished off a decade before. Boy then, goes on his own into a slave factory (made up of political rivals turned up into very slaves) by hiding himself at the back of a trunk that was also having the bodies of the family that had just been targeted as a means of a parade TV show for the regime, alongside some other chained bound tortured people from the mob revolt as a result.
All the while of the ongoing thrilling vendetta mission, he meets up with new friends that he just liberated from the slave factory. They all end up into many dramatic, scary and, sometimes, funny moments presented by his delusional mind cooperating with them on his videogame attitude meanwhile he also is being escorted out by his own accompanying murdered sister all along. Mind blowing of all of that, is the making of the comments while he kills, infiltrate and “talk” (as he can) with his new friends along the mission. And funny more, it is the fact that, with the sister of his, he presents and prank even more to encourage him to get along with this new whole experience in which he finally develops his own skills of relationship to back off in certain ways from his own isolationism and cruel life. And this, because he has never experienced so far, any comfort and opinions from any other than the very bobble made up from he and his succumbed sister (but yet mind living on the mind of his) to sustain this vicious saga of his.
The story makes it looks like as if it were simple, if it were not from the twisting plot that comes from some unexpected characters. For this, I give my congratulations for the script writer of this movie. Beyond this, the directing of the scenes make it splendidly dramatic when it comes to showdown the highlight of some crucial events and turning points that make it clear this movie goes far beyond than just many very talented gruesome acting scenes and psychotic actings. The more stars, I give even more for Bill Skarsgård and Jessica Rothe for their tenacity to put down to the hardcore the extreme nuances and feelings of their hard feeling characters that makes us think that we already knew them, however my fellows, not that much. Something as well that haven’t escaped my mind it is the so inventive sets, scenarios, weapons, and customs, for it makes us feel very special to be presented with all that inside of a world of so much unexpected inventively fusion of crazy things to be done and to be happening in so many different and exotic sets. Making the situations that yell on us to believe that this new real is not only real, but as well as alive, and so much more to be feeding on our: “Kill Bill thinking of possibilities from a slash sucking reality to be in, unless to be so much insane, or so Billy The Kid, or alike a Kin Jong Un or a Mr. Putin”.
For: (Boy Kills World), I give it the score of 76 out of 100.
This movie review has been written by the grandson of Maria Vilma Muniz Veras: GUSTAV MENDES VERAS, ENGLISH TEACHER AT NUMBER ONE, BSB.