terça-feira, 24 de setembro de 2024

 



 

 

                                                        LABOR E ORAÇÃO




 

         Sábios da antiguidade, os estoicos Epíteto, Sêneca e Marco Aurélio, aconselham a reflexão sobre si mesmo e o dedicar-se com afinco ao trabalho, e se evite perder tempo com coisas que não tragam bom retorno. Na aurora dos novos tempos ocorre uma espécie de irrupção da razão, quando então a cristandade do rude pescador, que lança suas redes perto da costa sabendo o que vai encontrar, parte para uma navegação em mar aberto com toda vontade. Entenda-se que a abertura cristã está ao lado, e não contra a razão.

          A formidável empreitada do espírito a cargo do Cristianismo, afeiçoado à racionalidade dos gregos, também eles sensíveis às coisas do espírito. E nos dias de hoje, todo tempo e atenção estão voltados para o que seduz materialmente, por conta dos avanços da tecnologia. Os contatos via internet pelas redes sociais, onde o que mais falta é sinceridade. E sobra audácia nas investidas contra a natureza e sua moral nesse nosso mundo permissivo.

          Diz o filósofo cristão, criador do personalismo, Emmanuel Mounier, “a natureza é conservadora”. Os segredos da natureza refletidos nos corações, e a regra é jamais ultrapassar seus limites. E sabe-se que a evoluída consciência cristã não entra em confronto com o conservadorismo do instinto. O homem em equilibrio de forças afirma sua humanidade, confirma sua religiosidade, sobre um materialismo que se pensava riunfante. Afasta os impulsos negativos de uma mediocridade satisfeita, forma moderna do vazio, que leva com facilidade para o lado demoníaco . 


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