CASA ASSOMBRADA - PARTE 3
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VERMEERCENTRUM DELFT |
Suprema inteligência e vontade teve o homem para para erguer as cidades, com suas casas, templos e tudo o mais. Tijolo por tijolo, conhecimento acima de conhecimento, conceitos e mais conceitos, foram empregados para que surgissem as civilizaões. O pior perigo era a picada das serpentes venenosas, que surgem no caminho, o caso da serpente venenosa da descrença, por exemplo, a pior das picadas, que as civilizações tiveram, e a atual civilização cristã tem de enfrentar. Vermeer pinta de vermelho a folha interna da janela da casa antiga de Delft, que se pode imaginar ser o vermelho do sangue derramado dentro daquela casa, principalmente das mulheres, que não ousavam abrir sua alma para o mundo. A civilização cristã empenhada em pregar o amor, a compaixão, valores a serem cultivados e preservados a qualquer custo, sem recorrer a sacrifícios desnecessários. Aceitar os bons e simples prazeres, aproveitar os bons e belos produtos modernos, mas com parcimônia. E se tenha uma vida produtiva, especialmente com fé. A fé do Cristo gerado por Maria no coração da humanidade.
A cultura greco-romana que renasce em sábias cabeças, em amorosos corações, e fez, e faz ainda, avançar o mundo. Mundo hoje da tecnologia, como foi no passado das artes e ofícios. Em frente àessa casa em Delft, a prcariedade dessas vidas, o que a razão e a fé consideram obstáculos para a evolução humana. A história a nos informar que, a partir daquele momento as mulheres vão ser futuras feministas, enquanto os jovens na calçada vão ser os vanguardistas, mergulhados no passado obscuro, nas suas aventuras nada ortodoxass. E, ao se transformarem nas formiguinhas socialistas, irão sufocar suas ambições, simplesmente virarem totalitaristas, ou simplesmente anarquistas. O pior dos males é privar os jovens da educação, da família, do trabalho, da fé, que os livrarão de ir para os becos, ou esquinas da vida, a fumarem craque, coisas da pós-modernidade.
Leibniz, com seu jovial “venha vamos calcular”, convidaria os jovens de cócoras na calçada em Delft para que eles frequentassem uma universidade, já existente, e ali aprendam o cálculo, revelador da ordem racional, universal, o que se descobriu à época. O mundo possível de Leibniz, e não o impossível. Jovens que na modernidad abandonaram suas espadas, ou deixaram de trabalhar quase como escravos, e possam ter uma calculadora, e mais tarde um computado.r. Deixem aqule mundo de pura sensação, e tenha a percepção, que leva ao aprendizado consciente. Na antiga Roma as leis se consolidaram através da escrita, atividade interrompida com as invasões bárbaras, e a partir daí a comunicação restrita à oralidade, sendo pouco difundido o “ofício” de ler, que não era ainda individual e voluntário, nem de aperfeiçoamento intelectual.
Segundo Richard Sennett, foi lenta a transição da barbárie para o mundo civilizado. Deu-se então a mudança da oralidade para a leitura, até a primazia da escrita e do cálculo, quando então floresceu uma nova classe. A burguesia que vai enriquecer e dar respaldo à criação artística, ao intelecto, ao político, ao consumo. Poucas pessoas na época de Vermeer sabiam ler, e poucos, mais valiosos livros, os encontrados nos lares. Na maior parte dos lares faltam livros, arte, ou uma biblioteca, uma pinacoteca, o que já no século XVII podia ser encontrada em alguns afortunados lares holandeses, por exemplo. Grande parte da sociedade medieval ainda patinando na ignorância, sem saber ler, ou escrever.
Herbert Marcuse concebeu um ideal de sociedade “como um paraíso infantil, onde todo trabalho é jogo, e não existe nenhum conflito grave ou tragédia”. O mundo devia se libertar das forças repressoras, a não ser aquela que tem o objetivo revolucionário para a sociedade mudar de rumo. Ironicamente, o que a tradição burguesa transmite, ou seja, a ideia de um mundo realmente livre. Não sei se vou, ou se fico onde estou, é uma frase que expressa dúvida, ou impossibilidade, dos seres humanos seguirem o caminho que os engaje ao mundo exterior, à modernidade, mas que também pode desengajar da família, da sua cultura, do negócio particular, e de si próprio. Passagem para que lado? Para onde? Perto ou longe? Servir ao interesse próprio, da família, ou trabalhar a serviço da exploração, da dissolução? É clara a falta de decisão, ou de oportunidade, mesmo vontade, para as pessoas se levantarem, olharem para frente e irem adiante, isso em qualquer tempo.
Havia dúvida, principalmente das mulheres em partir para o trabalho e
comércio fora do lar. o que as livraria da condição de dependência. Era Industrial, e havia
ainda receio da rua, da filha tomar a direção errada na vida ao atravessar o umbral
da casa, deixar o lugar de nascimento, a terra natal, o reduto familiar. E
todos sabem que avançar no tempo requer coragem de arriscar, de saber o que se
quer, e com a possibilidade de corrigir a rota. Das opções, escolher a
que melhor convém a cada pessoa em particular, como a cada nação, a cada
sociedade.
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