“ISSO NÃO TEM O MENOR SENTIDO”
Foi como o papa
Francisco manifestou pesar ao saber do recente atentado em Boston nos Estados Unidos. As mesmas palavras que expressaram a dor da mãe de duas vítimas: um garotinho de 8 anos, Martin, que
morreu, e sua irmã que teve um membro amputado. A família Richard estava no lugar errado e
na hora errada? Não, estavam no lugar certo, acompanhando
a tradicional maratona da cidade, à sombra da árvore. Justamente ali onde foi
deixada a mochila com uma das duas bombas, que as evidências indicam ser dos irmãos Tamerlan Tsanaev de 26 anos e seu irmão Djokhar de 19 anos. Do outro lado da avenida explodia a
outra bomba, onde um maior número de pessoas estavam reunidas para assistir ao
evento que acontece em Boston desde o século XIX. Houve três mortes e mais de
180 pessoas feridas.
Os dois rapazes
foram fotografados através de filmadoras e celulares, sempre acessados nessas
ocasiões, dos quais os criminosos não escaparam. Lá estavam eles bem vestidos e
de boné, chegando e saindo dos locais onde haviam colocado as mochilas com a
bombas dentro de uma panela de pressão, para aumentar o potencial da explosão. Descobertos
de imediato, o mais velho dos irmãos, considerados agora terroristas, morreu no tiroteio com a polícia,
e o mais novo está ferido em um hospital de Boston depois de resistir à prisão
e se esconder em um barco. Os chechenos naturalizados americanos tinham
explosivos junto ao corpo, o que é típico dos que têm ligação com o terrorismo
internacional. Estudantes universitários eles optaram pelo inferno do
terrorismo, a viver tranquilos num país que os acolheu ao pedirem asilo
político, uma vez que a Chechênia luta pela independência da Rússia.
Parece um mundo
impossível esse em que vivemos. Há poucos dias um assalto seguido de morte de um
jovem revoltou os brasileiros. Victor Deppman chegava tranquilamente em casa depois
das aulas e foi surpreendido por um menor de idade, que ia completar 18 anos
dois dias depois. Uma barbaridade que vimos acontecer diante das câmeras, o
“menor” matar covardemente o jovem estudante, que não reagiu ao assalto, entregou
o objeto, mesmo assim sofreu um tiro na cabeça. A visão de crime tão covarde tornou
maior a indignação, para que fosse diminuída idade penal. Seria a lei João Vitor, o
que é muito justo, e que seja em plena comoção, sim. O menino João Hélio foi outra vítima de assassinato brutal ocorrido em 2007. Acontece que as coisas não
são simples de resolver. A CNBB já se manifestou contra a diminuição da idade
penal. É uma voz abalizada sobre assuntos humanos que temos de escutar, mas não
a única.
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