UCRÂNIA & VENEZUELA
Revoltas populares na Ucrânia e
Venezuela, o que elas têm em comum? Países de um lado e do outro do mundo, com forte
oposição aos seus presidentes, que se mostram incapazes de resolver os graves problemas
da nação que governam. A Ucrânia fez parte da antiga União Soviética, tendo
conquistado a independência em 1991, parte da população - os que falam russo - favorável
a manter relações econômicas com a atual Rússia. Situação embaraçosa para outra
parte – os que falam ucraniano - no
deseja seguir a União Europeia, certamente à procura de novos ares para
respirar, não os contaminados pelo comunismo, regime de triste memória, do
sanguinário Stalin, que impôs fome aos ucranianos para o bem do regime. Também foi
palco de massacres nazistas de Hitler. Maldições históricas contra a humanidade.
As mudanças que ocorrem no mundo, em que a liberdade renova as esperanças, dá novo
colorido à vida, e não se trata de nova ordem mundial encabeçada por malucos de
plantão que torcem pelo caos. Em Kiev a repressão violenta aos manifestantes
causou mais de oitenta mortes. As negociações entre os revoltosos e o governo,
com a mediação da União Europeia, acabaram por destituir o presidente Viktor Yanukovich.
Mas as coisas estão longe de se resolver, depende ainda de muita coisa. A Rússia deixou a reunião antes do acordo para
destituir o presidente de sua confiança. Teme-se uma invasão russa à antiga nação
socialista soviética.
A Venezuela sofreu duro golpe com
a morte do líder carismático Hugo Chavez, ora governada por Nicolás Maduro, eleito
à sombra do padrinho. O povo até então iludido com o regime chavista de
esquerda, que se mantinha em alta com a população devido as benesses vindas do
petróleo, que o governo distribuía sem parcimônia. A manancial não é o mesmo do
passado, e a oposição ganhou força, quer mudança na condução do país. A
população a sofrer com a escassez de alimentos, sem que o presidente, eleito
por fraude, tenha condições de resolver essa e outras questões prementes. O
esquerdismo latino-americano como estratégia dos políticos populistas alçarem ao
poder. A oposição venezuelana liderada por Leopoldo Lopez, conclamou a
juventude da classe média e alta para ir às ruas protestar. Houve confronto entre as forças de segurança
e a oposição, que provocou oito morte até agora. E o conflito ainda não acabou,
nem o sonho. O sonho de Chavez era uma unidade “bolivariana” para
américa-latina, em represália aos Estados Unidos. Ou ficar com os Estados
Unidos e sua ideologia capitalista, ou seguir
a ideologia socialista, resquícios do comunismo russo. Os venezuelanos, como os
ucranianos, sem escolha, a não ser um lado ou outro, duas situações diferentes em
essência. Na Ucrânia não existe mais a questão ideológica, mas a geopolítica,
onde as vantagens que sevem para um lado não agrado o outro, o que pode
resultar em território desmembrado.
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