POBRES DE NÓS
Obra de Edvard Munch- A Tempestade-(1893)
Não
adianta, não tem jeito, falta amor, falta fervor. Falta caráter, sobra dor.
Atualmente é assim, a meta é a satisfação imediata dos desejos, ter coisas,
pelas quais as pessoas são capazes de trocar a própria dignidade. O interesse material
de um lado e a verdadeira razão de viver do outro. A mulher é quem mais sofre
com essa cruel realidade. Ter aquele anel de ouro ou mesmo bijuteria no dedo, ostentar
aquela bolsa de grife, calçar aquele sapato da última moda, ir para abalada
mais quente do pedaço, é o máximo de felicidade que a moçada pretende alcançar
hoje em dia. Os desejos primários satisfeitos e fica tudo bem. Perdemos a
capacidade de ser feliz de verdade. Estaríamos sendo forçadas a isso, envoltos que
estamos em um mundo de contingências? Perdido o sentido da vida, que ficou reduzido
a ínfimos prazeres.
50 ANOS SE PASSARAM
Hoje faz 50 anos que ocorreu um golpe militar no Brasil,
em 31 de março de 1964. A maioria do povo brasileiro e mesmo a população
mundial à época apavorada com o comunismo que ameaçava os países ocidentais com
suas armas nucleares, com seu ateísmo. O comunismo russo em choque contra o
capitalismo e as liberdades individuais, as maiores conquistas da civilização ocidental. Estados Unidos e Rússia vivendo a chamada “guerra fria” e o resto do mundo na
expectativa de um conflito nuclear entra as duas potências, que
ameaçavam destruir uma à outra. No nosso país o momento era conturbado, a
loucura de Jânio Quadros cedia lugar à irresponsabilidade de João Goulart. Com a renúncia do primeiro assumia
a presidência da república o afilhado de Getúlio Vargas, títere
do cunhado Leonel Brizola, político sagaz, que se dizia comunista, mas na
realidade um oportunista. Jango causava
apreensão, chamado às pressas da radical China comunista para ser presidente, cargo
para o qual não fora eleito. No poder Jango se deixa enredar por Brizola e suas contradições, daí o apoio
dado aos militares pelas várias camadas da sociedade.
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