UMA BOA SAFRA
É o
que se almeja todos os anos, uma boa safra. Não apenas quanto aos produtos de
consumo, mas de pessoas nas escolas, no trabalho, na política, na sociedade,
como um todo. Em meados do século XX, crianças e jovens frequentavam colégios
públicos de primeiríssima qualidade, também os excelentes colégios particulares.
Havia uniformidade na educação conservadora ministrada na época, sendo que nos
colégios católicos, de tradição milenar, os alunos deviam ainda cultivar a fé.
Todos o ensino visava, em especial, a preservação dos bens morais, familiares e
sociais.
O foco no presente, passado e futuro, quando
os alunos eram devidamente assistidos como pessoa na sua totalidade. No
contexto educacional levava-se em consideração o conhecimento, sem descuidar do
necessário ao ser humano e à civilização, com sua cultura humanista, no que se
acreditava. Foi uma boa safra colhida no passado recente, com que se nutriu a
sociedade para que avançasse, depois da experiência traumática de duas grandes
guerras mundiais. Avançou o homem em conhecimento, chegou ao topo, nunca dantes
imaginado. A riqueza material a dominar o cenário mundial, enquanto, um bem
maior foi deixado para trás, a Paz. A falta de concórdia entre pessoa e povos
constitui o calcanhar de Aquiles em todas as sociedades, em todos os tempos.
Sabemos que uma boa safra precisa de cuidado
adequado, e, ao ser produzida em larga escala, como hoje, que tenha como se preservar
das intempéries, dos ataques nocivos, de todo o mal. E que a safra não se deteriore,
nem se extravie pelo caminho, devido a roubos, desastres, devido ao péssimo
estado dos caminhos até chegar a destino certo. Cuidar do cultivo, da colheita,
do transporte, para que a sociedade e todos os lares possam contar com o
necessário ao seu bem estar, é o que almejam os homens de boa vontade. Atualmente
clamamos aos céus que o mundo se livre da péssima safra de ideologias, de
crenças, que pretendem acabar com a civilização, até mesmo com a espécie humana.
“Oh, tempo, oh, costumes!” Teria clamado Cícero no Senado Romano, antes da
civilização cristã.
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