Nos últimos dias o país foi grandemente abalado com a morte de quatro médicos no quiosque em frente ao hotel Windsor, na Barra. Uma execução sumária, que reflete os absurdos que ocorrem no mundo de hoje. Os médicos eram referência nas cidades de S. Paulo e Bahia, onde exerciam a profissão de forma exemplar, e estavam no Rio para participar de um congresso. Um dos médicos foi confundido com o miliciano marcado para morrer. A câmara do quiosque vizinho focaliza os quatro traficantes saindo de um carro branco, e com as armas em punho atravessam a pista sem serem interceptados, e chegam ao outro lado para realizarem o crime. Em poucos minutos disparam 19 vezes contra o grupo ali sentado. Em seguida correm de volta ao carro, não sem antes retornarem para verificar a obra realizada, e só então partem dali, ciente de terem cumprido a ordem superior. Erraram, e no dia seguinte foram eles também metralhados, pois o crime organizado não perdoa o erro.
O caso faz lembrar a
profissão de matadores no passado, que eram contratados para o serviço de matar o desafeto de alguém. Mas antes do crime o matador se
certificava da pessoa, até mesmo para não cometerem injustiça. Verificavam, inclusive, se
a vítima era mesmo culpada do malfeito. Era a pena de morte vigente no sertão e
adjacências. Teve o caso de uma nora que mandou matar a sogra. A matadora saiu
em campo para encontrar a vítima, já com a metade do dinheiro no bolso. Aproxima-se da senhora nos seus 70 anos, e inicia uma
conversar para sondar sobre a pessoa descrita como a pior do mundo. Pergunta o que ela achava da
nora, se tinha alguma queixa, e por aí vai. Fica surpreendida com os bons
sentimentos da pessoa a sua frente, resolve
então abortar a execução anteriormente programada, por quem merecia um
tratamento, nem que fosse no terreiro, onde muita gente se curava da falta de
amor, e mesmo ódio.
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