A ALMA NÃO É PEQUENA
O potencial
que tem o ser humano para desenvolver alma
e a mente não se pode mensurar, transcende a estrutura física que abriga
energia tão extraordinária, psíquica e espiritual que anima a vida e guarda
nossa ancestralidade de animal que evoluiu. Herança recebida ao sermos gerados,
e nos faz evoluir sempre, até a morte, quando então o mundo acaba para nós, e nos
tornamos remanescentes através dos nossos descendentes. O ser humano é o
bendito fruto da evolução. Devemos ter consciência de que cumprimos um papel
importante, deixando herdeiros diretos, ou não, pois marcamos nossa presença por
onde passamos nessa vida.
O instinto de
preservação faz com que a espécie permaneça existindo, como qualquer outra espécie
animal. Os seres racionais, todavia, com potencialidade para desenvolver uma
grande alma. Cristo foi essa grande alma. Como justificar então nossa alma tão
pequena, depois dois mil anos de cristianismo e sete mil de vida civilizada?
Parece que foi insuficiente para nos tornarmos seres evoluídos de verdade.
Oscilamos esse tempo todo entre civilização e barbárie, um processo que não tem
fim. A luta é constante.
Eis que fomos
alertados para a chegada do fim do mundo, que estaria marcado para 21-12-2012,
segundo o calendário Maia. Uma civilização extraordinária a dos maias, povos
pré-colombianos, entre os séculos IV a IX a. C. Grandes matemáticos criaram o
calendário para acompanhar ciclos solares e celebrações sagradas, estabelecendo
com exatidão os 365 dias do ano, onde consta tal data fatídica que , na
realidade, corresponde aos 5126 anos para fechar uma era, das várias eras que o
mundo já passou, segundo os maias, erroneamente interpretados como profetas do fim
do mundo. Não há fundamento científico para o mundo acabar, pelo menos tão
cedo.
O certo mesmo
é que entramos numa nova era. Trata-se da Era Digital, que nos trona povos não apenas
citadinos, mas universais. O universo contido num tablet, que nos conecta com
tudo e todos, coisa fenomenal. Mas temos que ter cuidado com o que nos é
servido de bandeja, selecionado sabe-se lá como, sem questionamentos, numa
velocidade assustadora. Parece mesmo o fim do mundo. Corremos perigo, sim, o
que depende de como vamos nos comportar
diante de mudança tão radical. As mentes despreparadas, confusas, sem condição
de digerir tanta informação, tirar bom proveito da virtualidade.
Podemos até
rir do pavor que teve Sócrates com o fim da linguagem oral para a textual, salto
que deu a civilização no passado, e que damos hoje da textualidade para a virtualidade, sem medo de
ser feliz. As mudanças, na realidade, tão radicais e rápidas que o cérebro
humano vai ter de se adaptar na mesma medida. Assim a alma que tem de crescer
em valores se não quiser perecer no infortúnio de um inferno interior. Um novo ciclo, uma nova era está apenas
começando, chance de engrandecimento humano, que não se torne apocalíptico.
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