Retrospectiva 2012
Nossas
expectativas no ano que se finda foram até certo ponto satisfeitas, tudo que
está aí para ser consumido à vontade, basta ter grana que, pouco ou muito,
todos que trabalham têm. O Brasil que eu pensava jamais voltar ao tempo do
pleno emprego me surpreende. Felizmente filhos e netos estarão garantidos. Bem
verdade que impomos sacrifícios à natureza e a nós mesmos, que vivemos hoje num
outro mundo, virtual, em vários sentidos. O mundo real um espelho, que
reflete uma imagem pouco condizente com
nossa humanidade.
Sabemos quão grandes
os desafios a enfrentar nos próximos anos, herança do ano que se finda, surpreendente
a barbárie que nunca deixa de acontecer. A cada passo para frente parece que
temos de retroceder, o que requer força redobrada, busca constante, paciência
infinita. Temos de estar preparados. Ter consciência disso já é de grande
importância. Refletir sobre nossa condição presente e nos preparar para o que
vem. Parece que o melhor e pior já aconteceram, experiências que podem ajudar
na nova caminhada para uma vida mais humana e feliz. Não percamos as
esperanças.
Dizem por aí que o próximo ano não vai ser mole, estamos num
crescendo assustador de desastres, é só olhar para trás e sentir o que nos
aguarda. Os adivinhos a preverem horrores para 2013, e espero que eles estejam longe
de acertar. Desastres naturais sempre ocorrem, e não se descarta nova tragédia
em alguma usina atômica e outras coisas possíveis de acontecer. Precisamos da
energia atômica, e temos que correr o perigo. Pagamos caro por tudo de que
precisamos, e que está a nosso dispor.
Os saltos que
o progresso dá e também o sobressalto que temos de suportar para gozar das
benesses nunca dantes experimentadas. Rompemos a barreira da ignorância científica
e tecnológica, por milênios andando a passos de cágado, que salta como canguru no
presente, e pode virar um cavalo saltador daqueles de parque de diversões, onde
ninguém consegue ficar na sela sem cair estatelado no chão. Mesmo assim, todos
saem contentes do brinquedo por ter experimentado da brincadeira. Eta mundo
bão!
O brasileiro de
um modo geral mais instintivo que racional, principalmente na política. Os
brasileiros, diferente de outros povos, não se dividem entre liberais de um
lado e conservadores do outro, certamente devido a nossa colonização, da qual
evoluímos para uma nação livre. Nossa liberdade medida pela alegria e
descontração, que nos faz acreditar no futuro de paz e prosperidade, mesmo nos
faltando mais sobriedade e responsabilidade. O carnaval e o futebol promovem a
felicidade do povo, e fazem propaganda do país lá fora, às vezes de modo
inadequado.
Não somos tão bobos,
bonachões, como dizem. Tem aquele que carrega o piano e o que toca o instrumento, cada um com talento e preparado para o ofício que
exerce. Os que pensam que a vida é um mar de prazeres estão equivocados. Os
seres humanos iguais na essência, segundo a lei divinas e da natureza, resguardados a
garantia dos direitos e deveres para todos, de acordo com o que foi
estabelecido pela sociedade brasileira, em obediência à Constituição. No ano
que passou a justiça no Brasil solenemente garantiu sua supremacia, punindo
exemplarmente a corrupção.
Sejamos otimistas,
a tecnologia se causa algum mal recorrente, ela nos livra de maiores
catástrofes, que acontecem sem que se possa prever, diante das quais temos a
nosso dispor desde vacinas até radares, o
mundo todo conectado, numa globalização virtual sem precedente. Não teríamos do
que nos queixar. Mas as coisas não são tão simples assim, e não adianta
consultar os astros nem recorrer ao outro mundo, pois a solução está diante de
nós, da nossa inteligência, da nossa boa vontade, do esforço constante para
superar as dificuldades usando a razão, tendo fé em Deus.
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