BRASIL - ONTEM E HOJE
Início da Copa com uma apresentação aquém do esperado, mas com a vitória do Brasil sobre a Croácia. Fora dos campo muita gente de volta às ruas protestando. Lembro dos tempos confusos de ontem, mas também conquista do tricampeonato brasileiros. Década de setenta, difícil
de se viver no Brasil, e nos demais países latino-americanos, quando as
instituições democráticas eram duramente golpeadas por ditaduras militares. Em
1964 os militares tomaram o poder e instituíram a ditadura no nosso país, com o
intuito de barrar a esquerda tupiniquim, que estaria minada pela ideologia
comunista e por oportunistas, com pessoas presas, torturadas, mortas. Naquela
época chamou a atenção da mídia um jovem da classe média, que cometia delitos
como um criminoso comum. Seus crimes nada comparáveis aos cometidos pelos
pivetes de hoje, flagrados pelas câmeras matando sem dó nem piedade as pessoas
que assaltam, menores em sua maioria, mas protegidos pela lei dos direitos
humanos. Pareja era filho único, de pais separados, pertencente à classe média, de quem certa
mídia falava na época com ressentimento, ao que parece. Uma pergunta que não
quer calar: Seria o moço apenas um rebelde sem causa? Preso várias vezes acabou
morto na prisão, dizem que por outros presos quando tentava uma liderança no
presídio.
A
classe média sempre se esmerou na conduta, com a qual tem formado uma estirpe
de pessoas para brilharem como famílias bens constituídas, terem sucesso na economia
e cultura, e tudo o mais. Teriam perdido as esperanças? É de onde saem hoje os black blocs, que aproveitam os
movimentos dos trabalhadores nas ruas em suas reivindicações, para destruir
tudo que encontram pelo caminho, vandalismo que parece vingar o passado, mas
pouco acrescenta de melhor ao presente ou
futuro. Para resolver os problemas da desigualdade que se tornou imensa no
mundo teria surgido o comunismo, mas nem de longe cumpriu os propósitos, e igualou
a maioria por baixo, ao mesmo tempo que alavancou uma aristocracia de
burocratas corruptos e incompetente. Até que vimos o inusitado, a queda do muro
de Berlim em 1989, com o fim URSS. E sabemos que havia uma esquerda de boa-fé, contra
a desigualdade social, que atuava na igreja católica, também os esquerdistas
rebeldes ao regime militar, além dos intelectuais da esquerda festiva.
A
democracia sempre foi, e ainda é, uma unanimidade no Ocidente, embora continuem
os protestos contra a ganância do lucro. O certo é que não há regime perfeito,
mas aquele que pode melhor beneficiar as pessoas dando-lhes o direito à
liberdade de pensamento, de prosperar e
professar a própria fé, além do direito ao capital e à propriedade. Tudo
que o comunismo solapou das pessoas nos países onde o regime foi instalado. Depois
do fracasso da URSS, restou apenas o país comunista de Fidel Castro, também a
China, que não aderiram à democracia, por motivos diferentes. Cuba por teimosia
da ditadura castrista. E seria por contingência populacional que existe o comunismo
chinês, por se adequar ao país com tanta gente e necessidades. Seria
justificável, não fosse a tragédia da falta de liberdade em que vivem essas
pessoas, que não podem sonhar ainda com a democracia ocidental. Conspiram ainda
contra a liberdade individual, contra a democracia, os atuais dirigentes de
países como a Venezuela que derrubaram as ditaduras militares e se tornam
ditadores de esquerda.
Simplesmente navegam
contra a corrente, impossibilitados de ver o sol no fim do túnel.
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