MULHERES MODERNAS
Venho
de uma época em que as mulheres tinham uma formação completa. Ainda não havia
essa história de mulher independente, além de estudarem, elas aprendiam a
cozinhar, a costurar, e algumas que conheci de perto trabalhavam e muito, a
atividade feminina restrita ao trabalho doméstico e alguma produção caseira
para o consumo externo. Acontecia na modernidade mudanças importantes, não apenas
pelas batalhas feministas, mas por contingência da vida, com a indústria e o
comércio. A ampliação do mercado no pós-guerra fez com que as mulheres pleiteassem
a realização profissional e fossem trabalhar fora de casa. Também com as vagas
nas universidades, que cresciam e deviam ser preenchidas por mulheres, saíram elas
da toca, da comodidade do lar, nem sempre tão cômodo, mas satisfazia a ambição
feminina, à época restrita à maternidade. As coisas se modificavam, e com elas a
mudança de mentalidade. O inconsciente coletivo, mais que o individual, é que
na realidade comanda as ações humanas.
Aconteceu, pois, a profissionalização
feminina. E não se pode acusar o homem de ser o responsável pela dependência da
mulher, uma vez que elas sempre foram independentes. Apenas a elite cativa do preconceito,
pois as mulheres do povo sempre trabalharam e tinham os homens e os filhos que
queriam. A coisa se expandiu para a classe social mais elevada, que saiu de
casa, quando ocorreu melhores condições de se realizarem profissionalmente em
outras áreas, além do ensino. As mulheres sempre grandes mestras, competindo nesta
área igual para de igual com os homens. Apesar dos pesares, uma fase muito
produtiva da mulher na minha época, preparadas para o que desse e viesse, e se podia
escolher, inclusive, executar atividades domésticas, essenciais como quaisquer outras.
Hoje as mulheres assumem profissões
antes restritas aos homens, nas áreas da ciência e tecnologia. Conquistaram a
independência financeira, a princípio vista com desconfiança por alguns homens,
que logo verificaram que seriam beneficiados, melhor do que ter uma dondoca
insatisfeita em casa, gastando o que tem e o que não tem. Mas acho dureza para o
homem ter ao lado uma mulher cambaleando em cima de um salto altíssimo, também insegura
com suas saias curtas demais, e que a todo instante confere os e-mails no
celular, o que ele suporta hoje com altruísmo. Quando o que o homem quer é uma
mulher segura de si e que não dependa muito dele, nem de outras pessoas, ou do
que quer que seja. Nem que seja independente demais. Dependam apenas do essencial
para a felicidade pessoal e a doméstica do casal. Se ambos têm vocação para o
casamento, casem logo; os que não têm, fiquem solteiros, ou no aguardo de
disposição para o matrimônio, espera que já acontece com muita gente. O certo é
que ninguém pode ser totalmente feliz sozinho, nem acompanhado. Para o homem, o
ideal de mulher é que ela corresponda aos seus anseios de felicidade pessoal e cumpra
seu papel social, principalmente dentro da família, o que não é pouco. Assim
acontece da mulher para com o homem. Vão encarar? Então estejam preparados.
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