BIBLIOTECA BANEDITO
LEITE
No
centro da capital maranhense, S. Luís, há belas e encantadoras praças: a Praça
João Lisboa, a Praça da Sé, a Praça da Alegria, Praça Odorico Mendes, e outras
mais. Tinha também a antiga Praça do Quartel, que desapareceu, junto com o 5ª
Batalhão de Infantaria, que dali foi transferido, após a Segunda Guerra. No
local surgiu a Praça Deodoro com a bela Biblioteca Pública do Estado, depois
Biblioteca Benedito Leite. Morando ao lado, no começo da Rua das Hortas, na
época da construção, eu lembro das pedras de Cantareira removidas do antigo
calçamento, que serviam de brincadeira das crianças, e parece que ainda estão
lá, como bancos de praça, para o descanso dos que por ali trafegam, tudo muito
diferente do que era no passado.
Depois de funcionar precariamente em vários
locais da cidade, finalmente a Biblioteca Pública do Estado se instalou com a devida honra, já com um acervo
de valor considerável. Foi a segunda biblioteca pública
instalada no país, sua inauguração data de 1826. Nos séculos XVIII e XIX o Maranhão viveu uma fase de
ouro na economia, um período de grande efervescência cultural da capital, que
se relacionava com as culturas europeias, e era considerada em todo o país como
Atenas Brasileira. São maranhenses alguma
das maiores sumidades do país nas letras e em conhecimento, Gonçalves Dias,
Odorico Mendes, Arthur Azevedo, Aloísio Azevedo, Sotero dos Reis, Sousândrade, e
tantos outros mais. E do que o maranhense tem orgulho é falar o melhor português do Brasil.
A inauguração do prédio da Biblioteca Pública de
Estado, ocorreu em 12 de setembro de 1951, que tempos depois recebeu o nome de Biblioteca
Benedito Leite em homenagem ao ex-governador Benedito Leite (1906 a 1908). Seu
estilo é neoclássico, com colunas gregas e frontões nas janelas, que há pouco recebeu uma grande reforma, com a duração de quatro anos. Reabriu em maio de 2013, totalmente modernizada, equipada de alta tecnologia. Considerada a
11º em tamanho, seu acervo conta hoje com 140 mil obras nacionais e
estrangeiras, grande número de jornais e revistas, manuscritos, preservados, juntamente com obras raras, de
valor histórico.
Tivemos
oportunidade de visitar recentemente a Biblioteca Benedito Leite, e parabenizamos
os maranhenses que moram em lugar tão acolhedor e ainda poder respirar esse ar
de cultura que incita a alma na terra gonçalvina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário