DA FAMÍLIA
Quão revelador é o retrato
envelhecido pelo tempo, os pais de meia idade cercado de filhos e netos, todos,
ou quase todos, sorridentes. A chave do sucesso estava ali, na união entre um
homem e uma mulher, pessoas que acreditavam no amor e na família bem
constituída. Aquele mundo envelheceu e morreu, como aconteceu ao casal, que deixou
para as gerações seguintes um lastro social, financeiro, aproveitado por todos.
Mas da fé quais os herdeiros? Há os que hoje se declaram ateus. Parece
que a fé católica sofre o destino cruento, adeptos que a deixam para seguir
outras crenças, ou crença nenhuma. O que o papa Francisco pode ajudar no
momento presente, com seu carisma e alguns ajustes na condução da Igreja. O
mundo tem que evoluir, sim, a mulher, casada, ou não, que no passado dependia do
homem, dedicada unicamente à procriação, aos ofícios domésticos, tão pouco
valorizada. Com o mundo superpovoado as famílias, que eram numerosas, encolheram,
ou sumiram, quando não se modificaram em arranjos diversos. Acontece que nem todas as mudanças, todos os
pleitos, são dignos de aprovação irrestrita. Lógico que o progresso é importante quanto às
liberdades individuais, mas chegamos a um ponto crítico. Se temos a pílula, a
camisinha, e outros métodos anticoncepcionais, por que então aprovar o aborto? Devia
bastar a proteção legal que existe para as relações entre pessoas do mesmo
sexo, que difere da união entre um homem e uma mulher. Com a celebração do
casamento gay tudo se igualaria. As disparidades, os disparates, começam por
aí. E terminam em muita frustração. A conclusão é que falta o mais importante, educação para a vida moderna e uma sadia espiritualidade, que preencha o vazio dessas cabecinhas cheias de tudo, mas tão desorientadas.
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