CONFLITO SEM FIM
Triste
o que acontece entre judeus e palestinos, a violência que outra vez se instala
na região, após o massacre de quatro adolescentes há algumas semanas, cruéis provocações
que acendem a revolta numa região em eterno conflito. O processo de paz
naufraga logo que se iniciam as negociações, os dois lados a se enfrentam com
foguetes que cortam o céu, matando civil. Os extremistas do Hamas que controlam
a Faixa de Gaza certamente os culpados pelo sequestro e morte dos três israelenses,
quase crianças, provocando a represália com o massacre de um jovem palestino de
16 anos, queimado vivo. A coisa é complicada, pois há extremistas de ambos os
lados, os israelenses com uma associação que inquieta, a Tag Mehir, (“preço a
pagar”), que se dedica ao vandalismo e seria o responsável pela morte do
palestino.
O fanatismo, a irracionalidade, o ódio de
ambos os lados, segundo o analista Gilles Lapouge, correspondente do jornal O Estado
de S. Paulo, que aponta o horror de volta à região, por conta dos “extremistas
judeus e dos insanos palestino”. O analista da situação na Cisjordânia lembra
que em 1995 o então primeiro ministro israelense, Yitzhak Rabin, foi
assassinado por Ygal Amir contra o acordo de Oslo. Em 1994, palestinos foram
mortos na Tumba dos Patriarcas em
Hebron, por Baruch Goldstein, extremista israelense. O partido Otzmal Yisrael
tem influência das ideias revolucionárias de um americano-israelense, Mei
Kahane, assassinado em 1990, que insistia em que todos os palestinos fossem
banidos da região. O extremismo que se vê na voz de alguns rabinos, e acende a
chama do ódio dos espíritos fracos, ou violentos, tornando-se difícil a paz na
região, para não dizer impossível. Alguns jovens glorificam a voz dos adultos
extremistas, que estão vivos ou morreram deixando a semente do mal no coração
da juventude.
Contra o grupo radical Hamas, que lançou
foguetes sobre Tel-Aviv, acaba de ser
iniciada a operação “Limite Protetor”, convocando 40 mil reservistas, para que de
forma gradual possam atuar no caso da invasão da Faixa de Gaza por terra. Mais
de 300 foguetes já foram lançados contra o sul de Israel. Bombardeios israelenses
já deixaram mais de 25 palestinos mortos, entre militares e civis, inclusive,
cinco crianças. O ministro da defesa de Israel, Michael Holmes, em entrevista
para a TV americana CNN declarou que uma operação por terra em Gaza “pode ser
necessária”. Após o bombardeio contra Israel, o porta-voz do grupo radical Sam
Abu-Zuhri comunicou que “todos os israelenses são alvos legítimos da
resistência palestina”. O secretário-geral da Liga Árabe, entidade com 22
países, pediu uma reunião de urgência do Conselho de Segurança das Nações
Unidas. A Casa Branca condenou os ataques com foguetes contra o território
israelense pelas organizações terroristas que atuam em Gaza e diz que apoia
Israel em se defender, inclusive, já montou uma defesa contra foguetes no
território israelense. Seria bom que fizesse do outro lado para equilibrar as
coisas.
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