REPITO, NINGUÉM IMAGINAVA...
Não, ninguém podia jamais
imaginar derrota tão acachapante da seleção brasileira para a Alemanha, o que
aconteceu no espetacular estádio Mineirão, por 7x1. Um gol para cada estádio
superfaturado, o povo que agora tem mais
razão ainda para reclamação do tanto de dinheiro gasto, quando tinham outras
prioridades. Erguemos sete super estádios para exibir nossas fraquezas e a
superioridade dos estrangeiros. O país endividado e decepcionado com o futebol
tetracampeão, que fez feio, muito feio, um papelão, típico dos canastrões, que
a crítica não perdoa, nem o público. Aliás, sentimentos não faltaram,
principalmente de revolta. O público do futebol tentava se iludir com esses
meninos, que desde o início da Copa, choravam e se abraçavam
desavergonhadamente, como a pedir socorro uns aos outros, justamente quando
deviam ter controle da situação. Perdidos diante da seleção alemã, que veio preparada
para o embate, com jogadores que vivem em um país onde a saúde e educação são
prioridades, onde há trabalho e estudo, por tudo isso os alemães gozam de elevado
padrão de vida, e podem sentir orgulho da sua presidente, que compareceu aos
jogos para aplaudir a seleção, tranquila desde que aqui chegou, ergueu uma
espécie de resort em frente à praia, instalaram-se com suas famílias, onde
treinam e se divertem. Exemplares o comportamento dos alemães dentro e fora dos
campos, que vieram para jogar e ganhar, isso com a maior elegância, quando
então derrotaram a seleção dos seus anfitriões. Nossos adversários encantados
com o povo brasileiro, alegre e hospitaleiro, não se cansam de elogiar.
Os
jogadores da nossa seleção prantearam a derrota antes do tempo, conscientes da
falta de preparo técnico e em descontrole psicológico. Infelizmente temos a
dizer que nunca uma vitória foi tão merecida como a dos alemães, assim como nossa derrota. Uma Copa do Mundo inesquecível,
dentro e fora dos campos. Vivemos um momento excepcional apesar dos pesares.
Não basta sofrer esse momento de dor, nem ser feliz com as vitórias
passageiras, sem entender o que acontece. Como somos um povo de vocação para o
alternativo, todo cuidado é pouco, sempre “dá um branco” quando a coisa pede
mais profissionalismo, ou decisão firme, e as eleições estão à frente. Quando
podemos continuar na mesma, ou em pior condição de insegurança financeira e
institucional, inclusive, com dívidas a pagar pela extravagância de fazer uma
Copa, enquanto países mais ricos desistiram. Mas o palco foi montado e o povo torceu
e cantou feliz com as vitórias de pouca
monta, sem saber que estávamos à beira do abismo, a derrota de 7x1 na semifinal. Foi melhor
assim, e que se saiba desde já o que vem
por aí, um governo reeleito, que gasta mal, opta pelas más companhias, etc, etc.
Dilma em 2014 e Lula de volta em 2018. A sorte que nos acompanhe, e continuemos
felizes, até o próximo choque de realidade, quando, então, pode ser tarde
demais. Um simples consolo o que disse o craque alemão Lukas Podolski, em
postagem na internet: “Respeito a AMARELINHA, o mundo do futebol deve muito ao
futebol do Brasil que sempre será o país do futebol”.
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