NINGUÉM IMAGINAVA TANTO
SUCESSO
Quedamo-nos espantados com a Copa que não
ia acontecer, e está acontecendo com sucesso, uma quantidade imensa de
brasileiros e estrangeiros animados com os jogos lotaram as espetaculares
arenas erguidas nos sete cantos do país. Outros tantos torcedores espalhados
pelas cidades-cede, em festa nas ruas. Os estrangeiros contagiados pela alegria
e hospitalidade dos brasileiros, o que eles não cansam de elogiar. Autoridades mundiais
e majestades, outras tantas celebridades, apontam nas alas reservadas para a
elite tupiniquim e internacional. Lembramos o sucesso da Jornada Mundial da
juventude em 2013, quando acorreram para nosso país jovens de todas as
nacionalidades, recebendo acolhida alegre e fraterna dos brasileiros, como
acontece agora. Nenhum incidente em vários dias com a presença do papa
Francisco, a merecer os maiores elogios de todo o mundo. No caso católico, ressalte-se
o trabalho heroico da igreja para realizar o evento, sem auxílio do governo,
contando apenas com recursos próprios da igreja e da boa vontade dos muitos
adeptos da fé, que une as pessoas e nações, assim como acontece com o esporte.
E só temos que nos regozijar com esses congraçamentos no nosso país, para promoção
do ser humano na direção do bem, importante para o mundo em que vivemos, tão
conturbado por dissidências de toda ordem. Agora mesmo, no dia 4 de julho, dia
em que o Brasil vai enfrentar a Colômbia, é lembrado os 100 anos do início da
Grande Guerra, da qual o nosso país não participou, mas lembra do conflito, que
mudou a face do mundo. A destruição que é a guerra, tantos os mortos e feridos,
o oposto do ocorre nos gramados das belas arenas brasileiras. O futebol que tem
o mata-mata, mas ninguém morre, a disputa apenas para ver quem joga melhor
naquele momento. As regras rígidas, a que todos têm de obedecer, ou serão
expulsos do jogo, sofrer punições de acordo com a gravidade da falta, para isso
tem o juiz, que examina cada jogada, agora com o auxílio da tecnologia.
A Fifa rebatizou nossos estádios de
futebol, que passaram a se chamar arenas, numa mudança de espírito da Grécia
para Roma. Estariam ali homens mais em clima de luta, que tem seus heróis. A
paixão que comanda as ações humanas, também a truculência, a exemplo do jogador
do Uruguai, que mordeu o opositor num acesso de raiva premeditada. Truculência também no caso da vaia à presidente Dilma, um
desrespeito sem tamanho, nem a ocasião era apropriada. Vaia da elite que se
apropriou do futebol para fazer festa, que seria do povo, o que mais se falou
sobre o incidente. Quer sejam ambas justa ou não, as vaias e a apropriação, o
certo é que nem tudo merece palmas, nem é questão para vaias. Se há
descontentamento com a presidente, se houve desvio de dinheiro, é só apurar o
roubo e tratar de escolher o candidato certo na eleição que vem aí. Antes aplaudir
as seleções, até vaiar os jogadores do time contrário, sem esquecer o espírito
esportivo, sem descuidar que estão ali profissionais, jovens ainda, daí os
constantes choros dos brasileiros, que sentem o peso da responsabilidade, das
expectativas neles depositadas. Apesar de tudo, muito bom que a Copa esteja
acontecendo no Brasil, mesmo com os enormes gastos, em detrimento que outras
prioridades. Contanto que o governo não se aproprie do sucesso nos gramados, o
que não acontece no campo da política.
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