FILHOS, QUE BOM TÊ-LOS
O choro de um menino
pequeno na garagem do meu prédio fez-me lembrar com saudade do meu filho na
mesma idade, o chorão da família, hoje com mais de cinquenta anos, mas parece
que todos os filhos continuam crianças para seus pais. Verifiquei que havia uma
mãe atarefada descarregando as compras do carro enquanto lidava com suas duas
crianças, o mais velho a chorar por algum desejo não satisfeito. A menina menor
ajudava com as compras.
De imediato comecei a elucubrar sobre a condição feminina e masculina, no que têm de
diferenças e semelhanças. A mulher seria fisicamente mais frágil que o homem, mas ela teria a seu favor o dom de fazer
da fraqueza força. Ela, que se empenha em agir mais ainda com o coração, o que pode ser motivo de controvérsia.
Mesmo que o forte no homem seja a ação, não lhe falta sensibilidade. Meu único filho não
chora mais por coisas banais, atento aos dramas humanos, aos problemas
mundiais, um filósofo, em especial, um homem sensível, que vejo chorar as mortes
na família, contido, agora que já não é mais criança. As duas irmãs dele mais
consoladoras. Homem e mulher possuidores de razão e sensibilidade, que têm o
sexo com diferenças básicas, fundamentais.
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