GOLS, BOLADAS E UM NOBEL
Seria
intenção de Neymar tornar-se um craque da bola para viver rodeado de belas
mulheres e ter invejáveis carrões? Certamente que ele não imaginou nada igual. Garrincha,
por exemplo, morreu pobre, bem verdade que o mesmo tinha pouca cultura, e
sempre se portou fora dos padrões. Também naquela época não havia a montanha
de dinheiro nos quais se envolvem os times de futebol.
Foi-se o tempo em que aos esportistas competidores era exigido que fossem amadores e tivessem patrocinadores. Parece mentira, mas é verdade. Muita coisa mudou
nos esportes em geral, e no futebol, em particular.
O futebol é apenas um espetáculo com uma bola rolando no gramado até o gol, profissão rendosa, para uns poucos. Mas há profissionais, como os médicos que fazem seus gols salvando vidas; os engenheiros construindo
pontes, erguendo edifícios e casas; os missionários que salvam almas, e nem por isso têm
um milésimo do reconhecimento, muito menos o dinheiro que tem o craque brasileiro, atualmente jogando em um time francês, comprado
do Barcelona por milhões de euros. Dinheiro que não raro corrompe. O garoto
quis fazer seus gols, ser um craque no futebol, assim como poderia ter outra
qualquer profissão, o que é importante, desde que não pense que é só chutar a bola,
e bimba. E nada melhor que seguir bons exemplos de sucesso na carreira, o que demanda talento, preparação e muito empenho, em suma, suar a camisa. E como diz o ganhador do Prêmio Nobel da Economia deste ano, Richard Thaler, receber aquele “empurrãozinho” (nudge, em inglês)
A doutrina da economia comportamental de Thaler fala do ”fator de posse”, as pessoas normalmente, com aversão
à toda perda, dão mais importância ao que já tem, ao que ainda não tem. Mas tem gente que quer ficar rico de uma hora
para outra, e em vez de fazer gol prefere dar golpes, no que são craques os políticos
e ocupantes dos altos escalões do governo no nosso país. Jogam na lata de lixo
os milhares de votos que os elegeram em troca de boladas de dinheiro, totalmente absurdas. Comparando Neymar a Sérgio Cabral e outros corruptos, o que eles têm em comum?
As boladas de dinheiro, que o primeiro ganha
chutando a bola no gol, enquanto os outros roubam boladas que carregam em
malas e mais malas. Em tempo de Lava Jato muitos já estão na cadeia.
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As boladas do Geddel |
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