O SEGREDO
A vida de Maria bem a
seu gosto, aquecida por um constante sol, que vem dos estudos, e acalentada por
suave brisa, do afeto familiar. Olha para trás, e questiona o valor da mulher
em tempos idos, tão próximos e tão distantes dos dias atuais. Pensa o quanto
foi bom ter vivido o que viveu e chegado ali, para cumprir uma nova etapa. Há
pouco recebera o conselho do marido:
— Por que não escreves? Lembro bem das tuas
cartas quando éramos noivos, o prazer que tinha em ler tuas narrativas, teus os pertinentes comentários, bem ao teu modo de ser. Vejo que
tens jeito para isso.
Maria
de pronto respondeu:
— Tenho
pensado na possibilidade de publicar meus textos nas redes sociais, até mesmo
criar um blog. A internet propicia a comunicação, e que seja de forma inteligente,
consciente, conforme o ser racional que somos. Escrever com o coração, sem
pensar na fama ou no dinheiro. Chega a hora de por para fora parte de nós, de
nossa ciência, o que vai além da mera vivência.
Algum
tempo depois era possível ver Maria diante do computador digitando diariamente seus
textos. O marido acadêmico, já parabenizara sua amadora mulher pelo sucesso, pequeno
que fosse, mas importante. Ela respondeu-lhe.
— Se
existe algo de bom e verdadeiro no que escrevo, sinto que não vem de mim, devo aos mestres de toda a minha vida,
essenciais. Quanto aos livros, sempre os tenho diante de mim, fontes de inspiração.
O segredo: fazer o melhor que pode e se sentir feliz por isso.
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