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| ANTIGA IGREJA DO CARMO - S. LUÍS - MA |
Há
uma época em que a vida nos parece tão leve, os dias a correrem sem termos
consciência de nós mesmos, sem sentir o peso da existência. É o tempo da infância, tempo mágico da inocência, mesmo que
haja alguns momentos de aflição. Lembro-me em estado de aflição com coisas que
não me diziam respeito diretamente, mas revelavam a pisciana que sou. E jamais
me vi uma a bela adormecida, sem avaliar meu nível de beleza, seguia em frente. Vencia meus medos, superava dificuldades, realiza sonhos,
que eram mais da família, talvez os melhores. Ter sucesso em tudo, por exemplo,
é o que os pais desejam para seus filhos, mas na verdade bastam apenas umas
poucas e decisivas vitórias para que se tenha uma vida boa de viver. Verdade
que só se aprende vivendo cada dia, conquistando o que é possível, superando
frustração. E o mais que puder aprender.
Vai
ter hora em que o mundo nos aborrece, restando tornar cuidado para não nos tornarmos
frios, dormentes. No barco da vida tratar de não ficar à deriva, com uma imagem
deturpada da pessoa que deveria ser. É muito ruim ver a vida passar e não ter
coragem de enfrentar seus desafios. Não
deixar de estender a mão para sentir a vida, para tocá-la, nela se envolver com
amor, confiança e determinação. Certo é
se doar de corpo e alma nesse projeto de Deus que é a vida, em especial, o ser humano e seus dons. Somos microcosmos, pulsamos, como
pulsam todos os seres vivos, também como pulsa o cosmo no geral. E saber que essa
chocante diversidade de pessoas, revela algo maior que simples mortais.

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