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| S. LUÍS - MA - ANTIGA PRAÇA JOÃO LISBOA |
Em
correria pela rua do Egito, Maria foi repreendida pela prima, que a esperava na parada do ponde, e acusou-a de estar desatinada.
Pensou então que desatinada mesmo ia ficar se perdesse alguma pessoa
da sua família. No dia anterior havia ficado muito riste com a morte de um jovem por
afogamento na praia do Olho D´água. Imaginou a dor que ia sentir se fosse seu
irmão. Mesmo mais tarde qando ficaram separados pelas circunstâncias, sabia que
ele sempre estaria bem, a salvo, trabalhando, e prestes a se casar. Achou
cedo para ele ter essa responsabilidade, ainda mais que ia voltar para o Norte, indo ao encontro da noiva. Na ocasião por
sorte estavam morando bem perto, ele trabalhando em S. Paulo e ela ia
assumir o BB no Rio. Poderiam se ver constantemente. O destino quis diferente, que
caminhassem por caminhos abertos por vontade própria e também à revelia. Mas o
certo é que estavam a salvo pela graça de Deus, o que era mais importante. Tornaram-se
outras pessoas, melhores, quem sabe? Sem se perderem encontraram a razão de
viver, que na verdade está em cada um, aonde quer que se esteja.

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