quarta-feira, 22 de outubro de 2025

 


                                                              RAZÃO DE VIVER



S. LUÍS - MA - ANTIGA PRAÇA JOÃO LISBOA



Em correria pela rua do Egito, Maria foi repreendida pela prima, que a esperava na parada do ponde, e acusou-a de estar desatinada.  Pensou então que desatinada mesmo ia ficar se perdesse alguma pessoa da sua família. No dia anterior havia ficado muito riste com a morte de um jovem por afogamento na praia do Olho D´água. Imaginou a dor que ia sentir se fosse seu irmão. Mesmo mais tarde qando ficaram separados pelas circunstâncias, sabia que ele sempre estaria bem, a salvo, trabalhando, e prestes a se casar. Achou cedo para ele ter essa responsabilidade, ainda mais que ia voltar para o Norte, indo ao encontro da noiva. Na ocasião por sorte estavam morando bem perto, ele trabalhando em S. Paulo e ela ia assumir o BB no Rio. Poderiam se ver constantemente. O destino quis diferente, que caminhassem por caminhos abertos por vontade própria e também à revelia. Mas o certo é que estavam a salvo pela graça de Deus, o que era mais importante. Tornaram-se outras pessoas, melhores, quem sabe? Sem se perderem encontraram a razão de viver, que na verdade está em cada um, aonde quer que se esteja.  


Nenhum comentário:

Postar um comentário