SUPER JOAQUIM
Dá status aparecer como bonzinho na internet, jogar para o público, quando não ir para as ruas, os ditos
engajados, libertários, que fazem do orgulho gay produto de consumo, como outro
qualquer, espécie de mercado popular. Formam-se ondas, quase um arrastão de internautas justiceiros,
que chegam a irritar a paciência, no mínimo. No momento ser do bem é defender o casamento entre pessoas do mesmo sexo, espetáculo para alguns.
Há algum tempo que as uniões homo afetivas
foram legitimados por lei, que permite o registro dessas relações. De repente transformadas
em casamento, para terem todos os direitos, graças ao gesto de arroubo
popularesco de Joaquim Barbosa, presidente do Tribunal Federal e do Conselho
Nacional de Justiça. O CNJ não teria esse poder, mas os cartórios foram
intimados na marra a celebrar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, o
que se deve em parte à coluna do seu presidente, que deu seu grito de dor, ao
mesmo tempo em que lançou a sociedade num beco sem saídas. A cada pontada uma
bordoada. E não tem como contestar o super-herói que todos aplaudem nas ruas,
principalmente os contestadores. Grito por grito, pedra por pedra, é ver quem joga
mais pesado, e o eminente ministro cumpre bem esse papel, a ponto de dizer que
os partidos são de “mentirinha". Um erro da autoridade máxima do
poder judiciário, pois daí se pode deduzir que todos os três poderes são de mentirinha, quando a justiça também não faz direito o seu
papel.
Concordamos com o que disse na
revista “Época” o jornalista Guilherme Fiúza: “Ser gay não é orgulho, nem
vergonha, não é ideologia, nem espetáculo, não é chique nem brega. Não é moda.
É apenas humano.” De acordo também que a luta contra o preconceito precisa ser
tirada das mãos dos “mercadores da bondade”. O que eles fazem, sim, é semear intolerância. Joaquim Barbosa para o jornalista é o bonzinho que sofre de
mal humor e, pior, de autoritarismo.
Na mesma edição da revista, Ruth de Aquino
fala do tornado que é presidente Joaquim Barbosa, mas no bom sentido. Seus redemoinhos
serviriam para demolir as mentira e levar para longe os maus políticos, que
sobem aos palanques, ou vão para frente das câmeras, tentar arrancar seus
mandatos com slogans pífios, discursos carentes de ideias e de programas. Para a articulista, merece aplauso a atuação do presidente do STF e do CNJ no combate contra os políticos e sua conapiraçãoes.
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