O amor à Mãe divina
se perpetua e se renova a cada dia nos corações, principalmente, das mães. Nos primeiros
séculos os Padres da Igreja viram em Maria como uma nova Eva, assim como Cristo
um novo Adão. Em vez do fruto proibido, o fruto abençoado, gerado por obra e
graça do Espírito Santo. Consta da Bíblia a maternidade divina de uma descendente
da casa de David, a mãe do Messias. Segundo os Evangelhos a escolhida foi
Maria, humilde diante da vontade de Deus: Faça-se
em mim segundo a Tua vontade.” Em seguida Maria recebe a saudação de Isabel
ao ver sua prima grávida: Bendita és tu
entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre. Palavras que formam a
“Ave Maria”, oração que os católicos adotam no culto a Maria, que se difunde
por todo o mundo cristão. Maria a intercessora no processo de redenção da
humanidade, a mãe Redentora.
Com Cristo e
sua mãe Maria, inicia-se um novo tempo para a fé.
O culto à Maria é especial, uma
ritualística que santifica a vida, a família, em especial. Fé que representa
uma modalidade universal de ver o sagrado na vida humana, seu destino ligado a
valores que possibilitam uma vida espiritual mais rica, mais completa. A fé na
maternidade divina triunfou após a proclamação dessa verdade no concílio de
Éfeso (431). As prerrogativas divinas que a fé cristã reconhece em Maria, filha
de Ana (da tradição mesopotâmica, Inana?), celebrada, antes mesmo da definição
do dogma da Imaculada Conceição. No Oriente o culto acontece desde o sétimo
século. No Ocidente, desde o nono. Só proclamado dogma de fé pelo papa Pio IX na
bula Ineffabilis Deus, em 8 de Dezembro de 1854.
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