segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022




 


 

VENDA : LIVRARIAS VIRTUAIS VINCULADAS À CEDET

 

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

 


                     O MÉRITO DA BOA VONTADE




 

Não raras vezes somos levados a julgar as pessoas, e nem sempre o fazemos com equidade. E o que devemos é ser criteriosos diante dos fatos, e não se cometa injustiça. Evitar o controverso, avaliar em consenso sobre o que e quem deve ser honrado e recompensado. O mérito de cada um pelo que é, e pelo que representa no contexto particular e social. O coletivo também sujeito a julgamento do mérito que possa ter, ou demérito. Não discriminar pode ser um passo decisivo para acertar o julgamento quando se fizer deveras necessário.

A vida seria como um jogo, as pessoas levadas a disputar uma partida, em que entra a competência para jogar. As escolhas direcionadas para a vitória, contando com a torcida. Parece que não há como ser uma boa pessoa sem participar desse jogo. A torcida inquieta está ali pela vitória, sabe de que lado ela está no jogo, torce com esse objetivo, importa o comprometimento, a simpatia para com o time, o clube, determinada pessoa e sua política.

Na política só haveria uma escolha ao jogador: ser simpático, fazer concessões, fingir, para que possa vencer com facilidade. Se o candidato for antipático, não seguir tosca cartilha, corre o risco de perder o jogo. Segundo Aristóteles é da nossa natureza sermos políticos, daí a dificuldade em sermos virtuosos, o que seria o ideal de vida, ou seja,  simplesmente optar pela virtude.

Certo que o ser humano está apto por conquistar uma boa vida para si, ou uma vida boa, conforme a natureza de cada um. Também ela, a natureza, nos ensina a deliberar sobre o que é certo ou errado. O mérito de termos boa vontade para conosco,  individualmente, e o mesmo quanto às ações coletivas. E os atos praticados não entrem em choque com as virtudes essenciais. Sem nos desviarmos da nossa santa humanidade.   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


sábado, 19 de fevereiro de 2022

 

                                           MARIA E A RAPOSA FALANTE

         

S. LUÍS - MA

 

           Maria escuta uma voz ecoar no silêncio do parque:

 — Eu estou aqui.

Era uma manhã que parecia igual às outras, quando ela chega ao parque,  senta-se no banco à sombra de uma árvore, não sem antes verificar as novidades que a natureza promove a cada dia naquele espaço preservado. Já há alguns dias preocupada com seu estado de abandono, não mais o mesmo parque de quando criança e vinha passear com a tia.  Parou espantada. Viu a raposa sair de um arbustos, onde estava escondida, que continua a falar:

— Sempre te vejo tão sozinha.  Quero ser teu amigo do parque, te cativar.

Questiona Maria sobre o fato de um irracional falar:  

— Só as pessoas falam, tu és um animal, assustas com essas orelhas pontudas, com esse focinho comprido. Interessante tu és, sim, diferente dos animais domésticos com quem convivo. Quem sabe tu me cativas...

— Não sou fácil de gostar como o cachorro, que é o melhor amigo do homem. Nem sou como a rosa, que tem os necessários espinhos, e encanta por sua beleza. Nem mesmo sou um carneiro, que fornece lã. Não sirvo para nada.

Depois de refletir Maria respondeu:

— Lembro-me do Principezinho, li sua cativante história, que ele habita um planeta distante, e em visita à terra encontrou uma raposa falante no deserto. Tem histórias de bichos que falam, e estava distraída, sem pensar em nada, quando você apareceu. Não faz mal escutar uma raposa.

A raposa não se faz de rogada:

— Cativar e não caçar. Eu, por exemplo, caço galinhas, e sabes que os animais se caçam uns aos outros. Os homens são os maiores caçadores da face da terra, têm armas de caçar e tem as que podem destruir todo ser vivente. A natureza perdendo espaço para a ambição humana. Apressam o fim do nosso mundo.

— Verdade — respondeu Maria. Seguir o Principezinho, que colocou sua flor na redoma. Seja qual for a guerra, a melhor arma é o amor. Amar a si mesmo e aos outros. Tempos difíceis  os que vivemos hoje, raposa. 

 



quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

 



                                                         A  LIÇÃO  DA  BONECA

Parque em S. Luís - Ma


            


               Uma menina perde sua boneca no parque, e apegada ao brinquedo chora por sua perda. A tia da menina estava ao seu lado e lhe propõe que procurem pela desaparecida. Como não a encontram, a  busca vai continuar no dia seguinte, e também por mais dois dias. Andam por aquele espaço aberto entre prédios, uma amostra da natureza, para que não se a perca de vista. A tia da menina aproveita para fazer com que a sobrinha preste atenção às  árvores crescidas das mudas vindas de todos os cantos do país. Entre seus galhos o alegre canto dos pássaros que a menina escuta e se encanta. Um cachorrinho corre de um lado para outro e a menina tenta segui-lo. 

                 De volta para casa a menina está feliz, mas ainda reclama da perda da boneca:

                - Tenho que achar minha boneca, quero que ela esteja sempre comigo.

           A menina recebe então outra boneca, como se fosse a mesma, e fica ainda mais triste. A explicação que lhe foi dada é que a boneca tinha ido  visitar  amigos, e essas viagens a lugares distantes a fizeram mudar. "Assim como você mudou, e nem percebeu", lhe diz a tia. Mas a menina deixa a nova boneca de lado. As férias se findaram e não houve mais passeios ao parque, o tempo da menina tomado por atividades as mais variadas.

            Já crescida, como tantas outras jovens, faz parte de uma geração ansiosa. Até que certo dia ela acha a boneca que havia abandonada, estava guardada no armário da casa. Lembra-se dela, e acaba encontrando no bolso do vestido da boneca uma mensagem com os seguintes dizeres: “Tudo o que você ama provavelmente será perdido, mas no final o amor retorna de outra forma.” Era a resposta para sua insatisfação com a perda de uma amizade. Voltou ao parque para renovar a experiência vivida tempos atrás. As árvores, os pássaros, tudo ali parecia que estava sua espera. 

            Nota: Pouco antes de morrer, Franz Kafka teria vivido uma inusitada situação ao encontrar uma menina chorando no  parque de Steglitz, em Berlim, por haver perdido sua boneca. A história foi recontada pelo espanhol Jordi Sierra em livro premiado. Reconto a história do meu jeito.


domingo, 6 de fevereiro de 2022

 MACAULAY CULKIN



            Macaulay Culkim completou 40 anos,  alçado ao status lendário ao protagonizar o filme "Esqueceram de Mim", a quem todos amam amar, inesquecível. Hoje sensação de mídia social, empresário da internet e membro trabalhador de sua banda de tributo ao Velvet Underground com o tema de pizza. O filme, a cargo dos diretores Jonathan  e Simon Chin, promete refletir sobre o que significa  ser um cara de meia idade com esposa e filho perto da idade que ele tinha ao se transformar em ícone, e suportar essa carga pesada para uma pessoa tão jovem. Macaulay faz o tempo passar e ninguém se dar conta disso.  





terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

 

Dia de recordar a escritora britânica Mary Shelley, autora de "Frankenstein" (30 de agosto de 1797 - 1 de fevereiro de 1851)