sábado, 29 de agosto de 2020

quinta-feira, 27 de agosto de 2020


MAIS UM MÊS QUE SE FINDA NESTE PANDÊMICO 2020.
HÁ ESPERANÇA QUE O MUNDO EM BREVE ESTEJA LIVRE DO COVID-19.
ASSIM SEJA. AMÉM!


sexta-feira, 21 de agosto de 2020








                                     SEMPRE MELHOR
                                               
                                               


Não há fila que seja agradável, mesmo quando se espera algo de bom, no caso do auxílio emergencial do governo nessa atual pandemia, para milhões de brasileiros. Mas que bom ter dinheiro para receber e poder  pagar as contas. Numa fila pode ser medida a boa ou má educação, das pessoas. Tem gente que oferece a vez, enquanto outros querem tomar o lugar. Gente sem noção é o que não falta, seja na fila, ou em qualquer lugar.

Ter paciência, que chega nossa vez em tudo nessa vida, e quando menos se espera lá se vem a indesejável morte. Ainda bem que desconhecemos quando as cortinas vão fechar e vamos sair do palco da vida. Difícil é pensar na morte sem medo, a vida nos parece longa, mas é curta. Tempo de viver, sem avareza, nem desperdício. A cada despertar aproveitar mais um dia para desfrutar, e que seja bem aproveitado. Saber o que podemos fazer com as horas, os minutos, até os segundos, que temos à frente.

Não basta querer ser feliz, tem que fazer o que é preciso, e não esperar que os outros nos façam, ou sejam felizes por nós. E ir além, na doação de si, na compaixão, no perdão, na caridade. Vale a pena investir em nós mesmos, em todas as idades, mais ainda na velhice. E ser sempre melhor para aqueles que nos acompanham na travessia. É tão importante, e tão doce,  sentir-se bem nessa vida. E o quanto é amargo o desamor, a indiferença.

Os elogios, melhor esquecê-los, que os galardões vão para poucos. Apagar tudo de ruim. Arrependimentos sempre vamos ter, e podemos sentir magoa, revolta, mas verificar que a vida, o mundo, as pessoas são como são. Coisas que não tinham de acontecer,  acontecem e pronto. Queremos mudar tudo, mas temos que mudar primeiro a nós mesmos, é certo que a alma que se eleva eleva o mundo  - disse Santa Tereza de Lisieux

 Exorcizar nossos males, inclusive, os pensamentos negativos. Rezar e rezar muito. 

Reciclar, em vez de descartar aquele grande amor, aquelas boas amizades. Quase todas as nossas conquistas merecem respeito por toda nossa vida. Não se apresse em ser o primeiro, nem que seja o último da fila. Se chegar muito cedo cansa de esperar, e se atrasar pode perder a vez. Tenha atenção para não entrar na fila errada.   

      

quinta-feira, 13 de agosto de 2020







                          LUZ NO FIM DO TÚNEL




            Décadas passadas, nos anos 50, ninguém podia imaginar as mulheres sem véu na igreja e com vestes sumárias, até mesmo de short e camiseta, bem à vontade, assim como os homens, sem risco de reprovação. As mudanças dos costumes parecem desembestadas. “Aonde vamos parar?”  É a pergunta que todos fazem.
       
         Indiferente aos parâmetros culturais, há uma tendência de  serem consideradas impiedosas as regras de conduta e os protocolos.

           Sem motivação e por distração a mente pode ser levada pelas circunstâncias. E uma fraqueza que se transforma em hábito, por negligência, pouco, ou nada nos acrescenta.

           Desvantajoso sermos por demais influenciáveis. Lugares e pessoas podem despertar em nós os melhores, ou, ao contrário, os piores sentimentos.

         Atenção, disciplina, o que se exige para a educação. E quem se enfada e boceja durante uma aula, ou palestra? Tem que haver interesse do aluno pela lição administrada pelo educador.

          Ser ouvinte apto para assimilar as palavras proferidas, ou crítico aguçado, requer boa disposição em aprender, e melhor saber para rejeitar.

          E se não aprendemos por bem, a lição vem a nós de qualquer jeito.  

         Hoje, até as regras impostas pelos pais são questionadas pelos filhos. Teremos  razão de reclamar da vida? Compete aos adultos crescerem realmente, em saber e discernimento, para mudar essa situação de falsa liberdade e igualdade. E que a legalidade e a fraternidade nos libertem e possamos ser legais e unidos fraternalmente uns aos outros. 
        Obedecer é a regra número um. Obedientes às leis da natureza, e obediente na fé, na esperança e na caridade, que se resume no amor, sem fronteira nacional e cultural, sem preconceito de raça e gênero.

       Uma pandemia fez com que lembrássemos da nossa fragilidade. A questão é o modo como cada um navega em seu barco por esse imenso oceano da vida, ou como a humanidade singra os mares do conhecimento, da ciência.

      As pessoas fisicamente afastadas umas das outras por conta de um vírus fatal. E se podemos transmitir doenças físicas aos nossos semelhantes, do mesmo modo acontece com certas ideias.

     No fim do túnel está a luz da ciência, que pode livrar nosso corpo de um vírus fatal, com um vacina. Luz maior é a fé em Deus, que brilha na alma, e nos afasta dos maus impulsos. Rezemos.

O QUE SERIA A POESIA (música de JC Dattoli e Murilo Veras)

sexta-feira, 7 de agosto de 2020


miniconto



                   MARIA EM SEU PROPÓSITO





Ah, minha irmã, desejo que não faça mais previsões, tudo que você diz acaba acontecendo. E por favor, não tente arrumar a vida de mais ninguém, suas interferências, se não são desastrosas, causam embaraço, inclusive, a você mesma. Já pensou sobre isso?

Palavras de Teresa para sua irmã de Maria, após ela tentar fazer o casamento de uma amiga e o rapaz acabou apaixonado por outra pessoa não tão próxima, mais por quem caiu de amores desde o primeiro encontro, acontece. Decepcionada, mas não querendo entregar os pontos, Maria continuava com seus planos de unir os casais que ela achava compatíveis. Às vezes, tentada a desfazer os incompatíveis, na sua opinião, lógico. Estava perto de completar 30 trinta anos, ainda sem pressa de casar. Respondeu:

– Meu propósito é fazer o melhor em benefício do próximo. Além de ser um divertimento para mim, que gosto de ajudar as pessoas. Como não torcer pela união de duas pessoas que pareciam tão afins como Paulo e Joana? Paciência se nada acontece. Bom interceder para que tudo dê certo, para que aconteçam mais uniões felizes. Quase sempre tem que haver uma mãozinha secreta para impulsionar. Aceitar o que der e vier não é bom, melhor ajudar a sorte, ter quem mova as pedras do tabuleiro, você não acha? Planejei o encontro entre Rodrigo e uma outra amiga, Laura, e obtive sucesso.

— Não entendo o que você quer dizer com “sucesso’— comentou Aníbal, que sempre aparecia para dar uma espiada nas amigas. Era a única pessoa que ousava contradizer Maria nas suas elucubrações, sem que ela achasse ruim, considerada perfeita para outra.

Aníbal passou a conviver com aquela família a convite da tia Cândida, sua professora de francês, irmã da mãe das moças, e era considera alcoviteira, achou que Maria precisava conhecer seu talentoso aluno, que tinha belos olhos verdes. Ele continuou a falar:
  
—Sabe-se que para alcançar o sucesso é preciso esforço, dedicação, bem verdade que é bom estar atento aos sinais, e nem sempre a gente enxerga, ou quer enxergar. Há os teimosos, que querem resolver tudo ao seu modo. Se bem que esses vão aceitar melhor uma união diferente do esperado. Nunca é um paraíso, mas que não seja um inferno.

Maria era firme em seu propósito:

— Sempre há algum talento nato, ou adquirido, para captar no ar os sentimentos, até mesmo prever os acontecimentos. E não se dependa de um simples palpite, o que é pouco inteligente. E entre não fazer nada e fazer algo o que você acha melhor, Teresa?

Teresa estava de casamento marcado para dali a dois meses, conhecera o futuro marido quando começou a trabalhar, ele estava sentado na mesa ao lado. Esperou para dar o lance certo, e ganhar a partida, assim como ela esperou para dar sua breve, mas importante opinião na questão levantada:

—Duas pessoas inteligentes podem   seguir seu coração e traçar seu destino sem interferências. E que haja honestidade. Convidemos Aníbal para almoçar conosco, Maria, tem bobó de camarão e cuchá. E deixemos que nosso amigo escolha sua própria esposa.

Foi feito o convite, prontamente aceito:

—Com todo o prazer, adivinhei que tinha hoje aquele cuchá,  que Maria sabe fazer como ninguém.

Depois da refeição o assunto casamento voltou à baila, afinal tinha acontecido as bodas do príncipe inglês com uma plebeia, americana e mestiça. Aníbal cutucou outra vez Maria:

—Um casamento por amor, e amor à primeira vista, o de Henry e Megan. Mas está claro que não foi apenas atração física. Encontro memorável quando os dois estavam na África numa missão de ajuda humanitária, conversa vai, conversa vem, vão para a cozinha. Surpresa maior, a moça é capaz de agradar o rapaz não apenas pela suave beleza física, por tudo o mais. Perfeito.

Quanto a Aníbal e Maria, ele tornou-se presença constante naquela casa, amigo dileto daquela família, onde deixou-se prender pela inteligência e coração da sua futura esposa, além do seu pendor culinário. Casaram algum tempo depois, que o amor, às vezes, requer tempo de amadurecer.