quinta-feira, 31 de janeiro de 2019




MINICONTO




                            FAMÍLIA





Maria escutou tempos atrás sua melhor amiga falar que "cada um é feliz a seu modo, com as famílias não é diferente". Fatos ocorridos desde então, mudanças na política, sociais, dentro das famílias, fizeram com que elas refletissem sobre a grave crise por que passa a Família e a sociedade. Nos moldes atuais uma família não é mais uma família, assim como uma nação deixou de ser aquele antigo berço. Nascimento e sangue ajudam, certo que a família é para dar apoio, para estar ao seu lado nos momentos difíceis. Mundo, vasto mundo, o quanto ele nos pode nos entender e acolher em nossa busca? No próximo encontro Maria  iniciou uma conversa com a amiga sobre o tema:

          - É bíblica a rixa entre irmãos, uma realidade desconcertante, mas humana, faz parte do jogo da vida, já que há diferenças de temperamento e tudo o mais que diferencia uma pessoa da outra, entre familiares, nações. Parentes tão próximos sem terem afinidade. Cada um, todavia, com capacidade de viver sua vida, criar sua história, sem maiores interferências, que as imperativas, sobre o respeito, por exemplo. Na realidade, nada é como a gente quer, mas como pode ser. Muitas vezes é imperioso conviver com estranhos, fazer novos laços, sem que se desfaçam os antigos. Há alguns nós, bem verdade.

            A amiga de Maria não estranhou o que lhe fora dito e continuou a conversa focada nesse assunto tão atual:
            
           - Passos familiares com o tempo vão se distanciando, e possamos seguir em frente, e perceber na distância, que tais passos não estão mais tão próximos e pesados. Apenas sinto hoje sua leveza em mim, submissa ao processo de crescimento. Engajada, mas sem essa dependência emocional, às vezes imperiosa e perigosa, mesmo  entre cônjuges, tal condição podendo causar desequilíbrio na parte mais fraca, nem sempre aquela que se diz vítima.  Com as nações é a mesma coisa. Só por ser parente não será motivo para que haja privilégios, mas não precisa puxar o tapete do parente, não é mesmo?  

                Maria não se eximiu de concordar com as palavras da amiga:


            - Os parentes,  nos conhecem, ou pensam nos conhecer, sabem nossos pontos fortes tanto quanto os fracos, o que pode servir de ajuda, ou prejudicar, se forem usados contra você. Nem sempre é familiar a mão que balança o berço. A família esvaziada de seus direitos e deveres. O estranho que penetra nos lares para tomar conta. Além da mídia e da internet com sua redes sociais, tem as ideologias mais estapafúrdias, o que é um terror. Gente sondando sua vida para ter você sob controle. O terrorismo exterior volta-se contra a família, que deixa de ser um núcleo confiável. 

- Os direitos da família, coisa que nosso mundo sem memória quer ignorar, sem levar em consideração os bens a serem preservados, não apenas os bens materiais, mas os bens morais que cada ser humano digno desse nome possui.   Na TV a série A Grande Família é exemplo do que seria uma família? Talvez, sim, pois há os que se julgam cheios de direitos e nenhum dever, com se tivessem direito a um cartão especial "bolsa família". Há parentes que não largam a teta e também os que quebram os laços sem dó nem piedade, pensando que podem seguir sozinhos vida afora. Como dizia minha avó tem gente que  “é só o venha  a nós, mas ao vosso reino nada”.  Haja paciência!...Concluiu Maria.









GRANDE DRUMMOND!


quarta-feira, 30 de janeiro de 2019





                                SORTE





Afinal o que significa essa tal de sorte, que sem ela nada acontece? Pode simplesmente ser a sorte simplesmente uma oportunidade que surge para ser bem aproveitada. A pessoa tendo que se dispor a atingir o alvo, ou o bem que quer. Conseguir é questão de talento pessoal, também de sorte, essa amiga dileta de quem se dispõe a ter bom proveito na vida, que quer crescer e prosperar.

           Os distraídos também podem ser alcançados pela sorte. O bom astral é fundamental. Os derrotistas já perdem de saída. Há uma predisposição para se ver as oportunidades antes mesmo que elas surjam. Gente empreendedora está sempre  pronta para ir em frente, um bem herdado, ou capacidade cultivada. Que o malfadado pessimismo também se herda, ou se cultua, um descaso para com a sorte. Sorte é vida em dobro.

                 Tem gente que é feliz por nada, que bom que deve ser. Mas alcançar o que se quer da vida tem que haver empenho, vontade, que a sorte vem de cambulhada. Pode ser que alguém muito especial queira levar a vida numa boa, mesmo assim é certo que haja alguma decepção e uma leve sensação de se sentir lesado. 

             Faz parte do sucesso o talento para fazer as coisas acontecerem, ao lado do talento que se possa ter por essa ou aquela atividade.

              Pessoas medianas costumam chegar ao topo de suas carreiras, enquanto gênios de qualquer raça podem ser uma decepção, tanto no que diz respeito à vida pessoal, quanto profissional.  Fazer como aquele lá, subir degrau a degrau, até chegar ao que se pode considerar uma vida invejável. Medíocre é quem não luta pelo que quer, nem vive como quer. 

              Alguém que esteja satisfeito com sua vida, seja qual for, porque não achar que ele está certo? Palmas e palmas. O melhor dica é não pensar em felicidade, mas ter uma vida em paz, tranquila, o ideal, não resta dúvida. Olhar para trás e ver que não se trancou, nem saiu por aí lutando em vão, ou sofrendo atoa. Não ter medo de errar, mas fez tudo para acertar. 

BRUMADINHO: Não há sorte que sobreviva a tanta ganância e descaso com a vida. uma jovem ambiciosa, no bom sentido, trabalha como médica na barragem do córrego Feijão quando foi tragada pela lama, que desceu em turbilhão, como um liquidificador gigante, conforme descrição de um sobrevivente. Um privilégio trabalhar para a Vale, mas o quanto o mundo contemporâneo se esforça para ser cruel. Deus nos acuda!

   
           

terça-feira, 29 de janeiro de 2019







                                                 BRUMADINHO




        Uma tragédia das mais graves acaba de ocorrer, pelas vidas que pereceram com o rompimento da barragem do córrego Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais. Além da gigante Vale, há a irresponsável do governo petista de Minas Gerais, conivente com a ambição daqueles que querem ganhar mais e mais como a exportação do minério extraído em terras mineiras e pelo Brasil afora. O Governador Pimentel do PT mandou ampliar a extração para mais duas usinas no mesmo local da que estava sendo desativada.

        Lembrei das palavras da ex-presidente Dilma Rousseff aos seus auxiliares sobre o cumprimento de uma meta qualquer: “Vamos dobrar a meta”. Sem calcular nada, apenas com sua incapacidade de decidir sobre o que fosse. A sorte não ajuda gente assim. O que acontece agora guarda, pois, resquícios dos desgovernos passados do PT.  Há um dito popular que diz: "Manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Mas nem sempre é para ser dessa forma, cada um que trate de  bem cumprir seu trabalho, ter consciência do que diz e faz. 

      Acompanhamos consternados o resgate dos corpos enterrados na lama, mais de trezentas pessoas mortas de forma cruel. Uma contradição, a ignorância, a ambição e irresponsabilidade que assola o país, ou a humanidade de um modo geral. Com o agravante da conivência para com os desvairos dos poderosos, assim como de todos aqueles que não se resguardam contra o erro. Até aonde vamos com nossa mania de fazer as coisas de qualquer jeito, o nosso propalado jeitinho?

          VOLTE LOGO PRESIDENTE  JAIR BOLSONARO, COM A CONVICÇÃO QUE A               IGNORÂNCIA  QUE ASSOLOU O PAÍS DEVE FICAR PARA TRÁS DE VEZ.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019


MINICONTO

refeito
                                            CONVICÇÃO





                   Não, ela não se acha tão forte quanto dizem, e em certas ocasiões lhe foi exigida uma fortaleza que nem ela mesma sabia possuir. Suposições podem levar ao certo, mas também ao errado, se confirmar, ou falsear a verdade. Maria podia dizer sem errar que  nunca se viu supondo ser o que não era, nem ser o que não podia. Em tempo algum agira diferente de suas convicções. 

              Convicção não é  uma mania, uma teimosia, ou uma ideologia, é simplesmente fé. Ter fé é como construir um castelo de pedra, firme, indestrutível. A fé  requer empenho, boa vontade, e em especial humildade e respeito.  

          Maria podia estar errada em dizer que nunca mentiu, mas está certa em acreditar que foi sem maldade que teria faltado com a verdade. A verdade que não pode faltar nas pessoas que se respeitam e não faltam com o respeito ao próximo. E o que dizer do roubo, de se usurpar direitos, e tudo o mais que possa prejudicar os outros! Uma calamidade! 

         O mínimo que se pode fazer é como Maria, pedir perdão a quem a gente possa ter prejudicado. Também nos desculparmos por ter feito tão pouco a quem merecia muito mais.  E que as pessoas que nos ajudaram saibam da nossa gratidão. 

            Uma pessoa distraída pode sofrer com as maldades do mundo, e no que diz respeito a Maria, digo que ela não é de fraquejar. Um segredo é nunca se encantar por uma falsa felicidade, mas acolher de bom grado a paz, e saber que as alegrias a nós endereçadas serão maiores que as tristezas. E se Maria diz “sim” à vida, é para que Deus a abençoe, e das suas convicções ela não se afaste.





quinta-feira, 17 de janeiro de 2019






                    MAIS EDUCAÇÃO




    Os programas de notícias na televisão brasileira são muito apreciados, afinal todo mundo quer estar bem informado, o que nem sempre acontece. De minha parte assistia ao jornal Em Pauta, da Globo News, e vejo agora o quanto os comentaristas são apegados à cartilha de Lula, que distribuiu benesse para os globais, através da Lei Rouanet. Atualmente a ordem é tripudiarem sobre o novo governo de Jair Bolsonaro, chegam ao nível do ridículo. O assunto educação entrou em pauta na noite de ontem, 16 de janeiro de 2019, quando da Argentina entrou no ar o correspondente Ariel Palácio, com a intensão de reforçar o que diziam os comentaristas no Brasil sobre a educação pautada no esquerdismo. Cita Paulo Freire, criador da pedagogia do oprimido.

      Teria o referido educador comunista, entre outras coisas, aconselhado que na cartilha de alfabetização  a frase Eva viu a uva, devia ser mudada para Vovô viu o urubu. KKKKKK. Acontece que o presidente Jair Bolsonaro, desde sua campanha, vem falando do seu repúdio à influência nefasta do comunista Paulo Freire, guru da Educação nos governos petistas. Quanto ao que propôs o comunista, entenda-se que Eva é uma figura importante na tradição judaico-cristã. E desde tempos bíblicos a uva é grandemente consumida pela humanidade, fonte de vitamina C. Da uva vem o vinho, produto da engenhosidade humana, que pode até mesmo ter contribuído para a saúde do homem, até mesmo  tê-lo livrado da extinção.

       Sabemos que a educação da criança é coisa séria. Nunca tive interesse em conhecer as ideias de Paulo Freire, esse ferrenho admirador de Cuba e amigo fraterno de Fidel Castro e também de Mao-Tse-Tung, como ele confessou. Não resta dúvida de que o objetivo da educação esquerdista é rebaixar a educação a níveis nunca visto. Trocar Eva pelo vovô e a uva pelo urubu na cartilha de alfabetização não tem o menor sentido. Além do mais, se o vovô via urubu, não vê mais. Sou uma vovó que vi muito urubu na minha infância. E se as crianças atualmente devem conhecer mais da natureza,  nada lhes acrescenta saber dessa ave agourenta, pouco vista voando pelas cidades saneadas. 

        Maranhão, berço de sumidade das letras, considerado no passado Atenas brasileira. Mas conheci um maranhense, que se dizia comunista, não sei se um fã de Paulo Freire, e nomeava o urubu “rei dos animais”, por ser uma ave que tratava da limpeza das cidades. O tal comunista, na sua ignorância, não via outra saída senão o urubu para o saneamento e coleta regular de lixo. O urubu a inspirar dois comunistas, e para espanto nosso, um deles,  Paulo Freire, nomeado por Dilma Roussef patrono da educação brasileira... Na realidade um urubu na pedagogia. E quão feio estão fazendo os comentaristas e apresentadores da Globo. Sem falar nos demais programas dessa rede de entretenimento que são puro lixo. A educação no Brasil infestada por ideologias nefastas, e que se encontra na 79ª posição no índice de desenvolvimento humano (IDH). Temos que reverter esse quadro.    

terça-feira, 15 de janeiro de 2019


CONTO

                     
                   SENTIR A VIDA









       - O que é que você disse?

       - Eu não disse nada.

        Um breve diálogo entre duas irmãs,  que passavam as tardes uma em frente da outra. Além do sangue, tinham em comum o gênero, e a idade entre elas não era problemas, poucos anos de diferença. Tinham tudo para se darem bem, mas faziam força para serem diferentes. Aposentadas, vivendo sob o mesmo teto, mas pouco se falavam, mesmo agindo em sincronia. E onde iriam morar qualquer uma delas, a não ser na casa que herdaram? A convivência parecia imperiosa, incomodava. 

       Melhor o silêncio do que se atritarem. Logo depois que a mãe morreu - o enfarte pegou-as de surpresa - a questão que surgiu entre as duas foi se compravam um novo jazigo, para onde também elas iriam ser enterradas, ou colocavam a mãe junto aos demais parentes mortos, já apenas ossos. Venceu a segunda opção, por interferência do irmão, coisa rara, ele cerimonioso para com as irmãs. Um quase desentendimento surgiu quanto à partilha das joias, a cunhada reivindicando mais do que lhe era devido. Respeitosos, logo chegaram a um acordo

     Aos setenta, tinham vivido num tempo em que a mulher não podia alcançar um nível intelectual além do mediano, que seria para não prejudicarem seus órgãos reprodutores. A procriação seria a vocação da mulher, e aquelas duas nunca procriaram, do que nunca se queixavam, nem de nada. Além da televisão, tinha a internet; a mais velha escutava novelas, a outra ligada nas redes sociais. Quando juntas à mesa das refeições comentavam qualquer coisa sem muita importância. Depois cada uma ia para seu canto, até o cair da noite, por fim o quarto de dormir. Detestavam darem incômodo a quem quer que fosse, evitando incomodarem-se mutuamente.

       Escutaram alguém dizer: “Deus dá nozes para quem não tem dentes”. E o que Maria da Paz e Maria das Dores podiam fazer dessa paz estranha e aguda, que começara a doer no silêncio das horas. E nem pensavam a quem doar aquela tranquilidade que começava a lhes rasgar o peito, desde que a mãe morreu. Preferiam uma vida que elas conheciam a apostarem no desconhecido. Eis que um dia se pegaram rindo de suas infelizes e fatais escolhas. Ou não tiveram escolha?  Das Dores, como era chamada a mais velha, tinha sido flagrada pelo noivo andando “serelepe” pela rua Grande, deixando de avisá-lo que ia sair, e nem os cinco anos de convívio aliviou a dor que o rapaz sentiu daquela traição.

      Da Paz caiu de amores por um desconhecido, alguns anos mais velho que ela, até que descobriu que o dito cujo abandonara uma jovem grávida, isso logo depois de conhecê-la, era costume dos machos predadores, nesse caso  o violador denunciado a tempo. Irmãs em dia de reminiscências, pós-orfandade, quando então sentiram fundo a dor da saudade. Ainda tinham uma a outra, melhor aproveitarem o convívio mútuo e, em especial, tivessem um encontro prazeroso com a vida. Fugir, ou trombar com a vida é, no mínimo, de muito mau gosto. Não ter medo da vida, senti-la mais de perto, absorver seus encantos e solucionar os problemas, o quanto for possível.


Amelié Poulan tem prazer em ajudar 

sábado, 12 de janeiro de 2019






                     
                        DIÁLOGO ENTRE DUAS AMIGAS DE FÉ






Fala Clarice Porto com sua colega de bancos escolares Sonia Arruda, conversa entre duas amigas de fé cristã:

Sonia Arruda, nós duas fomos educadas na fé católica, e sendo assim tenho a liberdade de falar com você sobre o que mexe com nossa fé cristã. Por último tivemos a grita contra os pronunciamentos de Damares Alves, recém-nomeada pelo presidente Jair Bolsonaro para dirigir o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, um novo ministério, que abriga, inclusive, a cultura. A mulher prestigiada através do cargo concedido a uma representante do gênero feminino, coisa rara na administração pública. A escolha deveu-se ao currículo da ministra, e por ela estar afinada com as ideias do novo presidente da república Jair Bolsonaro.

— Tempo bom aquele, Clarice Porto, só tenho a agradecer, guardo no coração os ensinamentos e as boas amizades que fiz. Sobre o momento em que vivemos e a ministra Damares, penso como você, não foi nada oportuno falar que menino deve vestir azul e menina rosa, o que causou a celeuma que se viu. Valeu, por se tratar de oposição a uma tão absurda ideologia do gênero, pouco importando a preocupação com as cores das roupas das crianças, mesmo que façam a diferença. E ainda contestar a teoria da evolução para afirmar sua fé no criacionismo, só serviu para atiçar os opositores. Foi aquela grita dos que aproveitaram para depreciar a ministra e o governo do presidente Jair Bolsonaro.

— Acontece que a promessa pré-eleitoral do novo presidente foi acabar com a corrupção no país, e também extirpar dentre os brasileiros ideologias perniciosas que degradam os costumes da sociedade, o que vinha ocorrendo por aqui de forma acintosa. Como todos sabem as escolas atualmente estão infestadas de ideologias, as mais nefastas, como essa, que não se nasce homem e mulher, “se torna” e se  escolha depois o sexo que quiser. Falsa ciência e nada mais, só serve para perverter a infância, além das outras deformidades que degradam os costumes da nossa sociedade, de moral eminentemente cristã.

— Não deixa de ser inconveniente a ministra falar como pregadora evangélica, conquanto a ideologia do gênero deva ser combatida, mas com argumentos pertinentes. E a ciência tem demostrado que é falsa essa colocação ideológica. Falsa, e nada mais. Também como adepta da religião cristã a ministra, como todos os crentes,  acredita no criacionismo. Assim como não há argumento religioso que possa contestar a ciência, da mesma forma, cientificamente não se pode ir contra uma doutrina religiosa. Nós, católicos, sabemos muito bem a conveniência de separar religião e ciência.  

— O que é crença para os cristãos, Clarice, não tem a mesma conotação entre os não cristãos. Entendamos que religião é cultura, fruto da mente humana, com o dom Espírito Santo. A religião transmite sua verdade através da palavra, pelas escrituras, e é questão de Fé.  Não há impedimento para uma religiosa ser ministra, missão laica, um chamamento nesse momento tão grave, e que a ministra proceda de forma a dar bons resultados para a solução dos graves problemas nacionais.

-- Nos despedimos aqui, Sonia Arruda, precisamos conversar mais vezes, até o nosso próximo encontro. Roguemos a Deus para que guie os representantes dos brasileiros no poder atendam aos reclames da Nação. Como adeptas da moral cristã, temos o dever de acompanhar os acontecimentos, para apontar erros, aplaudir acertos e torcer para que tudo dê certo ao novo governo. Tempo de mudanças para o país. E que possam os brasileiros, em especial, nós cristãos, termos merecida paz para seguir em frente com muita fé a amor no coração. 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019


POESIA- T. S. ELIOT


                                    A VIAGEM DOS MAGOS






“Foi um frio que nos colheu
Na pior quadra do ano
Para uma viagem, e longa era a viagem:
Os caminhos submersos e o tempo adverso
Em pleno coração do inverno.”
E os camelos escoriados, o casco em chagas, indóceis,
Jaziam em meio à neve derretida.
Foram momentos em que recordamos
Os palácios estivais sobre penhascos, os terraços,
As sedosas meninas que nos traziam afrodisíacos.
E depois os cameleiros que imprecavam e maldiziam
E desertavam, e exigiam fêmeas e aguardente.
E os fogos da noite em bruxuleio, a falta de apriscos,
As cidades hostis, as vilas inóspitas,
As aldeias sujas e tudo a preços absurdos.
Foi uma rude quadra para nós.
Ao fim preferimos viajar à noite,
Dormindo entre uma e outra vigília,
Com vozes que cantavam em nosso ouvido, dizendo
Que tudo aquilo era loucura.

E eis que alcançamos pela aurora um vale ameno,
Úmido sob a linha da neve, impregnado de aromas silvestres,
Com um regato e um moinho a fustigar as trevas,
E três árvores contra o céu baixo recortadas,
E um velho cavalo branco a galope pelo prado.
E chegamos depois a uma taverna com parras sobre vigas;
Seis mãos se viam pela porta entreaberta
A disputar peças de prata com seus dedos,
E pés que golpeavam os odres já vazios.
Mas nenhuma informação nos deram, e então seguimos
Para chegarmos ao lugar; foi (podeis dizer) satisfatório.

   Tudo isso há muito tempo se passou recordo,
E outra vez o farei, mas considerai
Isto considerai
Isto: percorremos toda aquela estrada
Rumo ao Nascimento e Morte? Um nascimento, é certo,
Tínhamos prova, sem dúvida, Nascimento e morte contemplei,
Mas os pensara diferente; tal Nascimento era, para nós,
Amarga e áspera agonia, como a Morte, nossa morte.
Regressamos às nossas plagas, estes Reinos,
Porém aqui não mais à vontade, na antiga ordem divina,
Onde um povo estranho se agarra aos próprios deuses.
Uma outra morte me será bem-vinda.

Tradução de Ivan Junqueira


terça-feira, 8 de janeiro de 2019




      

                     
      CONSERVADORES E RESPEITOSOS






2019 -  O ESPERANÇOSO POVO BRASILEIRO



Ser conservador acredito que é uma questão de sobrevivência para os brasileiros, cujos gostos e tradições estão entranhados nas veias. Cada indivíduo com tendências e necessidades próprias, além da nossa diversidade racial e cultural. Uma questão nada banal a enfrentarmos. Ao compararmos o Brasil com a Suíça, por exemplo, observamos que aquele país de alto estágio de civilização também é formado na diversidade racial, inclusive, com línguas diferentes. Mas se perguntarmos ao suíço qual o segredo do sucesso do seu país, ele dirá que a Suíça teme perder a paz. A população mantida em segurança e equilíbrio.

Conservadores e respeitosos os suíços são tradicionalmente pacíficos. Previdentes ao extremo, mas há algum tempo caíram na esparrela de adotar um governo de extrema esquerda, experiência desastrosa, a coisa degringolando por lá no sentido da moralidade, e tudo o mais. A sociedade afrontada em seus princípios, quando então os suíços descartaram serem governados pela esquerda. A Suíça hoje é o lugar mais emblemático da democracia de direita. A rigor, os suíços não buscam outra verdade, que não a de viver e deixar viver.

Não é o caso de imitar quem quer que seja, nem mesmo os precavidos suíços, ás vezes  extremados em seus medos, e daí padecerem de ansiedade, de depressão, até mesmo o suicídio, de alto índice na Suíça. No caso do Brasil, o que nos pesa é sermos imprevidentes, desrespeitosos, dessa forma por anos a esquerda comandou o país. A duras penas fomos salvos dessa maldição, que fez os brasileiros  padecerem os mais altos índices de corrupção e de mortes violenta, dos últimos tempos. Para a extrema esquerda nada de bom há para preservar. No Brasil esquerdista, enquanto os políticos roubavam, os marginais matavam com igual intensão. A moral e o progresso descendo ladeira abaixo

Convivem os brasileiros com essa contínua guerra em que se transformou o seu dia a dia, com estupros, feminicídios, que cresce por aqui em proporções alarmantes. Os suíços preferem morrer a matar, o fato preponderante do respeito à privacidade e à individualidade, mesmo às custas do isolamento social, cada um no seu pedaço. Quanto a nós, privilegiados habitantes desse país  ensolarado e de natureza exuberante, vivemos aqui a duras penas. A felicidade minguando a cada dia que passa. Desvalorizados, não são poucos os brasileiros que saem do país em busca de melhor futuro lá fora. Lá se vão nossos filhos e netos em busca de melhores condições de vida e trabalho no Canadá, na Austrália e etc. No mínimo, a experiência  é importante para o desenvolvimento pessoal. E os que partiram possam encontrar na volta um país bem melhor. 

           A diversidade cultura aqui nunca foi impedimento para se ir em frente, pelo contrário. Brasil, berço esplêndido para as gerações passadas, já não é mais para a presente geração. E o que será das gerações vindouras? Os brasileiros precisam voltar a ter confiança no país, nas instituições, nas pessoas a sua volta, como acontecia décadas atrás. A esquerda tentou destruir nossa Nação cristã. Foi vencedor nas últimas eleições um candidato conservador, cristão de direita, e a esperança é que o novo presidente eleito, Jair Bolsonaro,  coloque as coisas no devido lugar. A maioria dos brasileiros querem de todo o coração ver o País bem governado e moralizado. E o Brasil possa oferecer segurança e melhores condições de trabalho honesto e capacitado  para seus filhos, como tem que ser. 


sábado, 5 de janeiro de 2019







 POEMA





FERNANDO PESSOA

                

     

Por que choras do que existe
A terra e o que a terra tem?
Tudo nosso — mal ou bem —
É fictício e só persiste
Porque a alma aqui é ninguém.

Não chores! Tudo é o nada
Onde os astros luzes são.
Tudo é lei e confusão.
Toma este mundo por´strada
E vai como os santos vão.

Levantado de onde lavra
O inferno, em que somos réus
Sob o silêncio dos céus,
Encontrarás a Palavra,
O nome interno de Deus.

E, além da dupla unidade
Do que em dois sexos mistura
A ventura e desventura,
O sonho e a realidade,
Serás quem já não procura;

Porque, limpo do universo,
Em Cristo nosso Senhor,
Por sua verdade e amor,
Reunirás o disperso
E a Cruz abrirá em Flor.

                                   6-2-1934