quarta-feira, 24 de julho de 2013



                    A FELICIDADE TÃO PERTO E TÃO LONGE 
        
               



  Qual a explicação para o progresso tecnológico não ter contribuído de modo efetivo para exterminar a pobreza e as desigualdades sociais? Vive-se hoje o caos nesse sentido. O maná teria caído do céu, sob forma de sensações visuais e auditivas, modo moderno de transcendência dessa vida de dores e frustrações, cada vez maiores, as pessoas excessivamente visíveis e quase insensíveis. Todo aquele otimismo cedeu então lugar a um pessimismo, esse pessimismo pós-moderno que se vê por aí. A dor, o drama, o mistério, transformados em passatempo. O mórbido para sensibilizar. Ser mórbido com a desculpa de não ser superficial.
      A modernidade teria falhado na tentativa de dar paz e felicidade ao ser humano.  No passado as bibliotecas, os museus, as universidades, eram fontes de cultura, atualmente tudo isso substituído pela informação midiática, ou imediatista, como nunca aconteceu antes. Cultas, ou simplesmente aculturadas é como as pessoas se encontram. Temos uma informação calcada no que é inculto, tendo em vista o sucesso passageiro. Se o sorriso faz bem à saúde, o cinismo fere os bons princípios, e pode comprometer a imagem que temos dos outros e de nós mesmos. A anárquica cultura da mídia nos leva a compartilhar alegrias e tristezas, todos conectados e superficialmente informados, e certamente mal amados, muito embora haja esforço no sentido do amor e da amizade.
      O entretenimento é apelativo nos meios de comunicação, nunca dantes imaginado com tão imenso poder, o caso da internet que, de repente, deu força aos ânimos para cobrar mudanças no país, a exemplo do que aconteceu com os recentes protestos nas ruas. Queixas, reivindicações, dando mostra da audaz inteligência da moçada e seus cartazes com palavras de ordem, emblemáticas.             As mudanças começam pelas atitudes que tenham compromisso com a melhoria pessoal e do país. Todos responsáveis pelo estado atual de coisas. Ser feliz não é conquistar uma galera de admiradores, mas ter consciência do valor que se tem. Se eu me amo, se me respeito, se perdoo meus erros para não mais errar, se tenho confiança em Deus, certamente encontro meu caminho, mesmo não sendo só de flores, pois não é mesmo, e se ilude quem pensa assim. Ensina melhor quem abre os olhos e não quem coloca a venda, quer do céu estrelado, quer do inferno. 

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