quinta-feira, 18 de julho de 2013

   


                          ESSES JOVENS, BRAVOS JOVENS
        
       


         Esforço, disciplina, estudo, empenho, em suma, tudo que vale a pena, quando se pensa no futuro. Eis que a incerteza tomou conta dos jovens, que foram para as ruas em junho, revoltados contra a corrupção e a má administração pública, esse pesadelo a afogar os melhores sonhos. Outra juventude ora se movimenta no país, pela fé católica, e seus valores espirituais, morais, o que dá no mesmo. Os políticos pouco afeitos aos bons princípios vão repensar daqui para a frente sobre o que realmente importa para a população que os elegeu, pois o que muito os motivou até agora foi o roubo do dinheiro público. A corrupção que teve um tempo recente de glória, agora em queda, diante da raiva que tomou conta da população com seus cartazes, também, pelas rezas que ocorrem por todo o país, numa espécie de exorcismo. E o governo acossado corre atrás do prejuízo, principalmente eleitoral.
       Sabemos que a pressa é inimiga da perfeição, e quão prejudicial é a política da improvisação. Vem de longas datas o jeitinho brasileiro, faz parte da cultura nacional. Falamos no milagre brasileiro, pois nosso realismo é fantástico, nossa fé o xamanismo, em busca de soluções mágicas. Acontece quando se vão as esperanças de resolver os problemas racionalmente.  Olha-se para o continente europeu, berço da civilização ocidental, exemplo de progresso, e vemos que por lá as coisas estão ruins. Nações, que teriam superado a barbárie e encontrado meios de vencer as dissidências culturais, de repente, lançadas num grave dilema. A lógica civilizatória que empreenderam teria ido por água abaixo. Tantos jovens desempregados, o futuro que empacou, como a jumenta de Balaão. Faltou prudência para utilizar o crédito, por exemplo, que era abundante, mas as nações tinham pressa em escamotear as diferenças através da ostentação de riqueza, a gastança, os menos ricos os que mais gastavam. Está ai uma primeira lição: os mais ricos são os mais econômicos. Também os que mais produzem, a segunda lição.
          Lição maior vai nos dar o papa Francisco, com sua humildade e fé inabalável em Deus e na humanidade, que estará no Brasil ao lado dos jovens de todo o mundo, neste julho de 2013.
                

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