quarta-feira, 28 de agosto de 2013




             
                     ANOS 50 e 60







             Nos anos 50 e 60 a função da mulher era procriar, enquanto o homem atuava dentro e fora do lar. Os hospitais nada preparados para receber tantas parturientes naquele baby boom, os partos feitos ainda em casa, por parteiras, ótimas, por sinal. Quanto à situação financeira da família basta dizer que o salário do chefe não crescia na mesma proporção dos encargos familiares, do número de filhos. A pobreza avançava junto com a população, e tanta gente faminta no mundo. O comunismo como única solução. O povo alegre e confiante da pátria amada brasileira pronto para alçar voo, mas cercado de contradições políticas, culturais, religiosas. Foi quando o golpe militar pôs fim aos nobres anseios de igualdade - sem liberdade e fraternidade -, a exemplo de Cuba, país que retrocedia com o marxismo. O que não se podia era imaginar a queda do muro de Berlim e o fim do comunismo, duas décadas depois!
              
            
              


             Foi em 60 que tudo começou. Ou melhor, em 58, com a vitória na Copa do Mundo. Dois anos depois JK inaugurava Brasília, sua arquitetura moderna, despojada, obra do comunista Oscar Niemayer. Dava-se um salto para o futuro com a nova capital federal e a indústria automobilista brasileira. O Fusca, primeiro carro fabricado no país, sonho de consumo da classe média, cheia de ambição e com pouca formação, os salários achatados. A baixa escolaridade dos brasileiros, um problema sério, como até hoje. Havia os concursos de miss Brasil, mais concorridos que os exames de seleção para ingressar na faculdade, ou no serviço público. O país acusado de inserir beldades no mercado da prostituição. Cadê a educação, que devia ser o carro chefe para o progresso? Não só quanto ao conhecimento, mas para o exercício da ética, da moral e da cidadania, em suma. 
               As raízes do bem e do mal estariam lá no passado. E assim se passaram cinquenta anos. Onde estamos agora? Nas ruas, onde moços e velhos reclamam de um tudo. A política enveredou pela corrupção, e o país não poderia estar pior quanto à educação, saúde, e tudo o mais. O necessário que se deixou de fazer, destruído todo aquele ideal de progresso, um desperdício de tempo e dinheiro, também de pessoas. O Brasil tem tudo pra dar certo, mas ainda não se encontrou, e as respostas para a questão são desencontradas. Quanto aos movimentos sociais nas duas décadas passadas, como foram?  A rebeldia daqueles  jovens refletida no filme de James Dean, Juventude Transviada. Época do rock in roll, das drogas, da liberdade sexual, cujo ápice foi o famoso encontro em Woodstock. As críticas eram gerais aos novos comportamentos. E a emblemática década de sessenta fechava com os protestos da juventude nas praças de Paris, em 1968. A Europa rumou para o socialismo, não se deu bem. Formou então o bloco capitalista do Euro. No Brasil os movimentos sociais do passado, JUC JEC, JOC, por exemplo, foram drasticamente apagados do mapa. Hoje a economia vai bem, mas o país não evoluiu como devia, e sofre ainda, cada vez mais, com a falta de políticas adequadas e grandeza aos novos  ideais.  

                        

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