sexta-feira, 27 de setembro de 2013






                                        FELICIDADE




         
     Atingir uma meta na vida, ter nossa cota de felicidade, é o que todos almejam na vida, e há grande possibilidade disso acontecer. Um psicanalista – famoso best seller –  afirma que “o sucesso é ser feliz”. Melhor viver sem se preocupar em ser feliz ou infeliz. Nem medir nossa felicidade em perdas e ganhos, como diz Marta Medeiros. Os ansiosos padecem horrores em busca da felicidade, com dissabores pelo caminho. Os desligados perdem oportunidades importantes. Momentos felizes passam desapercebidos, enquanto se busca a felicidade alhures. É normal ficar triste, ter aborrecimentos, não por muito tempo, senão vira doença. Certo que se é feliz de diferentes modos, pode, inclusive, haver vocação para a felicidade, como para exercer uma atividade, principalmente, a artística. A felicidade seria então uma arte de viver, de se sentir vivo.
       O deslumbrado, também, o sofredor, tem a tendência de fazer acontecer o pior, ao deixar de lado o essencial em prol de coisas que vão causar frustrações futuras. Não costumam colocar as coisas na balança, nem pensam antes de agir. O inesperado que também acontece, e produz bons e maus momentos, indiscriminadamente.  Temos que confiar na vida, adquirir sabedoria para entender que ninguém pode ser feliz numa busca frenética pela satisfação plena, por sensações, que acabam por nos esvaziar a alma. À beira do precipício arrisca dançar quem pode. Nós, simples mortais, temos que guardar distância de locais de perigo, mal iluminados,  andar em linha reta, mesmo tendo que dobrar esquinas, subir e descer ladeiras.  Tropeçar, às vezes, mas seguir em frente, sempre.
       Melhor escolher a santa alegria de fazer o bem e afastar o mal, seu oposto. “Um santo triste é um triste santo”, afirma a igreja católica. É bom escolher o que nos faz feliz de verdade, não buscar a alegria pela alegria. “Alegria, alegria” conclama o velho Capulleto aos convidados em seu castelo, onde festejava tempos de glória. Palavras que mascaram o ódio entre pessoas, entre famílias, entre poderes. Eis que o amor entra de penetra na festa para dançar com a jovem Julieta, depois escala o muro para ir ao encontro dela, debruçada em sua janela, artimanhas do destino. Inoportuno e irracional amor, ou ao contrário, oportuno e racional? Chegou na hora errada, em vez da união provoca a morte! Belo e trágico Shakespeare!
         “Estou muito feliz. Estou em paz. Meu recado foi dado. Não arruinei ninguém. Não maltratei ninguém. Não feri ninguém. Não reclamei de ninguém. Meu recado está dado. Agora estou pegando o bilhete de volta.” Um dos muitos textos postados no Facebook, como sendo de autoria de Chico Xavier. Se fosse assim com todo mundo seria o paraíso na terra, mas não é.  Reconhecer o erro e se arrepender é fundamental. Por oportuno, reproduzo palavras de Marta Medeiros no livro Feliz por Nada, postadas por Mario Zagota para seus amigos do Facebook. Grande Zagota  e uma agradável surpresa conhecê-lo através da Rede. Eis o texto: “O melhor conselho que um amigo pode dar a outro? Pare de fazer fantasias da vida, sentir-se perseguido, neurotizar relações, comprar briga por besteira, alfinetar pessoas, maximizar pequenas chatices, estender discussões, buscar no passado justificativas para ser do jeito que é, fazendo linha ‘sou rebelde porque o mundo quis assim’. Sem essa. O mundo não está prestando atenção em você. Acorde. Salve-se dos seus traumas de infância...Ou permaneça enredado em suas próprias angústias e sendo nada menos que seu pior inimigo.”





                                                       

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