sábado, 5 de abril de 2014



                              BOAS E MÁS NOTÍCIAS
       



           "Tenho duas notícias para você: uma boa e outra má, qual prefere ouvir primeiro?” É assim que a piada começa. A superstição de que um acontecimento bom sempre vem acompanhado de um ruim, ou vice-versa. Uma senhora de genes pessimista, que visitava nossa casa de pessoas brincalhonas, e ela sempre levando tudo muito a sério, costumava dizer: “Dia de alegria é véspera de tristeza.” Mas exigir que se esteja feliz, sorridente, quando não se está bem, é errar na dose de otimismo. O certo é estar sintonizado com a realidade, ser atento, ter consciência do que acontece. Seria uma maravilha se tudo fosse como a gente quer que seja, mas nem sempre isso acontece. Nem sempre  é possível realizar as vontades. Temos que fazer a parte que nos toca, e confiar que as coisas vão dar certo, se arrumar, e irão, graças a Deus. E se der errado, se desarrumar, ter disposição para consertar.
         Deixar a vida fluir é uma atitude positiva em certas ocasiões, principalmente quando ocorrer algum contratempo, houver alguma dúvida. Esperar que a tempestade passe e o vento sopre a favor. Sem deixar de ter determinação para encontrar a saída para esse ou aquele problema a resolver.  Não fazer tempestade em copo d`água, o que seria a pior atitude. Lya Luft no seu artigo na Veja "O tempo é um rio que corre", título do seu mais recente livro, escreveu o seguinte: “Enquanto tivermos a mente clara  e se o pessimismo não tiver ressecado nossas emoções, haverá coisas a curtir nesse fluir da vida. Se conseguirmos escapar desse espírito de manada, as águas poderão nos levar numa viagem instigante.”  Uma escritora rica experiências, que transmite em seus livros com rara qualidade literária. Quanto a mim que não sou escritora, mas escrevinhadora, posso dizer sem falsa modéstia, que meu tempo foi também um rio que percorri com coragem e determinação, desde a nascente constituída de bons exemplos, firmes ensinamentos, de onde eu parti para uma viagem que julgo extraordinária, como a vida de qualquer pessoa. É o que sinto. 



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